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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Sempre esquece rostos? A culpa pode não ser da sua memória


A maioria de nós, ocasionalmente, acaba não reconhecendo pessoas que… bem, já conhecemos. Isso geralmente acontece quando encontramos esse alguém em um contexto incomum, como ver um colega de trabalho no supermercado. No entanto, a capacidade de reconhecer outra pessoa pelo seu rosto é algo que a maioria de nós tomamos como certa. Mas como seria se todos os rostos parecessem o mesmo para você?
Como os psicólogos Richard Cook, professor de psicologia da City University London, e Frederica Biotti, doutoranda em psicologia cognitiva e neurociência também da City University London, escrevem no site The Conversation, há um crescente reconhecimento de uma doença chamada prosopagnosia desenvolvimental (cegueira facial). Pessoas com esta condição têm visão normal, mas crescem com severas dificuldades em reconhecer rostos.
Ao contrário de casos de prosopagnosia adquirida – em que as pessoas têm dificuldade em reconhecer rostos mais tarde na vida como resultado de um acidente vascular cerebral, por exemplo – pessoas com prosopagnosia desenvolvimental têm problemas de reconhecimento de rostos ao longo da vida, apesar de não terem lesão cerebral.
Prosopagnosia desenvolvimental é um exemplo de uma condição do neurodesenvolvimento semelhante à dislexia. Assim como as pessoas com dislexia crescem com problemas de leitura de palavras, as pessoas com prosopagnosia desenvolvimental crescem com problemas de leitura de rostos.
Acreditava-se que a prosopagnosia desenvolvimental era extremamente rara, mas, à medida que a consciência pública a respeito da doença aumentava, mais e mais pessoas que sofrem com ela tornaram seus problemas conhecidos pelos pesquisadores. As últimas estimativas sugerem que mais de 1 em 50 pessoas podem experimentar dificuldades de reconhecimento facial graves o suficiente para afetar suas vidas diárias. Infelizmente, algumas pessoas desenvolvem a ansiedade e depressão como resultado das dificuldades sociais que vivenciam.
Prosopagnósicos desenvolvimentais conhecidos incluem o ator Brad Pitt, o cofundador da Apple Steve Wozniak, e o autor e neurologista Oliver Sacks.

Formas de enfrentamento

Prosopagnósicos costumam achar formas alternativas para reconhecer os outros. Por exemplo, muitos aprendem a reconhecer uma pessoa por uma característica facial incomum, voz, corte de cabelo, roupa ou a forma como se movem. Pessoas com a doença, por vezes, esperam que os outros iniciem uma conversa para que possam identificá-los por sua voz. Ambientes onde as pessoas usam roupas semelhantes, como uniformes escolares ou profissionais, podem tornar o reconhecimento mais difícil. Além disso, prosopagnósicos podem deixar de reconhecer uma pessoa se ela muda o seu penteado ou coloca um chapéu.
Na escola, crianças com esta condição podem ter problemas em reconhecer amigos e professores. Como adultos, alguns doentes deliberadamente escolhem carreiras que não exigem contato frequente face-a-face e muitos evitam situações sociais potencialmente desafiadoras.
A doença também pode causar dificuldade em acompanhar filmes e programas de TV devido a problemas para reconhecer personagens em cenas diferentes. Em casos graves, os pacientes podem também achar difícil reconhecer seus parceiros e membros da família.
Muitas vezes, prosopagnósicos crescem culpando a si mesmo, atribuindo suas dificuldades de reconhecimento de face a uma falta de foco ou má memória. Infelizmente, estes tipos de interpretações podem ser reforçados por pais e professores que desconhecem a doença. No entanto, ela não está relacionada com a inteligência geral, atenção ou capacidade ampliada de memorização. Muitas vezes, descobrir sobre sua condição e que não estão sozinhos é um enorme alívio aos doentes.

Raízes genéticas?

Embora as causas da prosopagnosia desenvolvimental não sejam totalmente compreendidas, estudos utilizando novas técnicas de monitoramento por imagem revelaram diferenças cerebrais sutis em pessoas com a doença. Em particular, várias regiões do cérebro conhecidas por desempenhar um papel no reconhecimento de face parecem ser subconectadas em prosopagnósicos desenvolvimentais, possivelmente prejudicando a troca de informações dentro dessa rede.
“A condição provavelmente tem um componente genético. Muitas vezes, aqueles que sofrem com ela têm um irmão ou pai que também têm dificuldade em reconhecer rostos”, explicam os pesquisadores. “Fatores genéticos ou ambientais que fazem uma pessoa desenvolver cegueira facial podem aumentar suas chances de ter outras perturbações do desenvolvimento neurológico. Por exemplo, a prosopagnosia desenvolvimental parece ser mais comum em pessoas com autismo do que na população em geral”.

Novo teste diagnóstico

Até recentemente, os pesquisadores se baseavam em testes de reconhecimento facial baseados em computador para diagnosticar a doença. No entanto, completar testes informatizados pode ser demorado e caro, por isso há interesse em que seja criado um teste que seja fácil de administrar e possa ser usado para verificar um grande número de pessoas.
Cook esteve à frente de um equipe de pesquisadores da City University London que desenvolveu um questionário para ajudar os estudiosos e médicos a identificar as pessoas com prosopagnosia desenvolvimental. O questionário tem 20 declarações com base em experiências comuns relatadas pelos pacientes. Por exemplo: “Quando eu estava na escola, eu tinha problema para reconhecer meus colegas de classe” e “Quando as pessoas mudam seu corte de cabelo ou usam chapéus, tenho problemas em reconhecê-las”.
Os entrevistados indicam o quão bem cada afirmação os descreve em uma escala de cinco pontos, dando uma pontuação total de entre 20 e 100. Quando usado juntamente com testes baseados em computador de capacidade de reconhecimento de rosto, a pontuação no questionário pode ajudar os pesquisadores a desenvolver um perfil de potenciais prosopagnósicos, garantindo um diagnóstico consistente e confiável.
“Estamos apenas começando a entender prosopagnosia desenvolvimental”, apontam os pesquisadores. “A capacidade de examinar um grande número de pessoas vai ajudar os pesquisadores a descobrir a verdadeira extensão da doença – algo que tem, até agora, sido baseado em extrapolação e adivinhação”. Ao compreender sua natureza e origem, um dia pode ser possível aliviar os sintomas. Nesse meio tempo, aumentar a conscientização e compreensão a respeito da condição ajuda aqueles para quem reconhecer os outros continua a ser um desafio diário. [Medical XpressThe Conversation]
Hypescience

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Transtorno Dissociativo de Personalidade - "Dupla Personalidade"


O termo “Dissociative Identity Disorder”, que se traduz aqui por “Transtorno Dissociativo de Identidade”, é um transtorno psíquico em que os indivíduos que dele sofrem apresentam aquilo que se costuma designar por personalidades múltiplas. Estas pessoas apresentam em contextos específicos estados de personalidade distintos, os quais assumem completamente o controle da situação. Pessoas que sofrem de Distúrbios Dissociativos "escapam" da realidade de modo involuntário e pouco saudável, perdendo a memória ou achando que são outra pessoa. Estes distúrbios costumam surgir como resposta a certos traumas, ansiedades ou lembranças muito dolorosas.
Estas entidades já foram muitas vezes chamadas de “dupla personalidade”, embora o termo não reflita exatamente a definição comum da palavra como o total do nosso aspecto psicológico. Uma das razões para a decisão da comunidade psiquiátrica para mudar o nome do transtorno de múltipla personalidade para transtorno dissociativo de identidade é que “múltiplas personalidades” é um termo que transmite uma visão um pouco enganadora.

Este tipo de psicopatologia, diz respeito à dissociação da mente humana, resultando daí, o surgimento de novas identidades, ou de estados de personalidade, dentro de uma só mente. Cada qual com sua própria forma independente de se relacionar, de se perceber, de pensar e de lembrar sobre si mesma e de sua vida, com sua própria personalidade, princípios e valores distintos entre si.

Se duas ou mais destas entidades assumem o controle do comportamento da pessoa em um determinado momento, um diagnóstico de transtorno dissociativo de identidade pode ser feito.

Outros termos freqüentemente utilizados por terapeutas e psiquiatras para descrever essas entidades são as seguintes: “personalidade suplente”, “alters”, “parte subliminar”, “estados de consciência alterados”, “ego afirmativo,” e “identidade superior ou inferior”. É importante manter em mente que, embora estes estados suplentes possam coexistir, eles parecem ser muito diferentes entre si, porém todas estas manifestações estão inseridas numa mesma pessoa que sofre desse transtorno.

Acredita-se que cerca de 7% da população mundial experimentam um episódio de Distúrbio Dissociativo durante sua vida. Da mesma forma que outros transtornos dissociativos, o transtorno dissociativo de identidade ou a dupla personalidade pode trazer prejuízos graves ou incapacitação de funções cognitivas e perceptivas para a pessoa.

No entanto, algumas pessoas com Transtornos Dissociativos e com dupla personalidade conseguem relações sociais consistentes e até mesmo empregos altamente com alta responsabilidade, contribuindo para a sociedade em uma variedade de profissões, como por exemplo, nas artes, no serviço público, empresas, etc. Essas pessoas conseguem manter e assegurar seus contatos sociais parecendo a funcionar normalmente, interagindo com colegas, vizinhos e outras pessoas.

Existe a incapacidade de recordar informações pessoais importantes, cuja extensão é demasiadamente abrangente para ser explicada pelo esquecimento normal. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma doença orgânica ou psíquica específica. Está mais vezes associada à síndrome de stress pós-traumático e está profundamente ligado ao emocional.

São traumas psíquicos frequentemente adquiridos na infância, e que ficam numa espécie de congelador cerebral devido a um stress de tal ordem insuportável que a criança não o consegue explicitar, após esse choque emocional, e por não conseguir lidar com tal situação, mais tarde na idade adulta, reaparece sob uma forma de dissociação de consciência, ele tende a se proteger do mesmo, criando, a partir do trauma, novas identidades, denominadas álteres-ego, para que, a estas, caibam a sustentação de todo peso emocional. É um mecanismo de defesa por meio do qual a pessoa tenta resolver os problemas que haviam ficado suspensos criando personalidades alternativas, e que na infância se é incapaz de fazer.

Cada estado de personalidade pode ser vivenciado como se possuísse uma história pessoal distinta, auto-imagem e identidades próprias, inclusive um nome diferente. Em geral existe uma identidade primária, portadora do nome correto do indivíduo, a qual é passiva, dependente, culpada e depressiva.

Quase todos (97 a 98%) os adultos com distúrbio dissociativo da identidade relatam ter sofrido algum tipo de abuso durante a infância. Isso pode ser documentado para 85% dos adultos e 95% das crianças e adolescentes com distúrbio dissociativo da identidade.

Entretanto, ocorrendo a existência de várias identidades, outras situações contribuem para o trauma. Dificuldades e frustrações de qualquer monta, tornam-se insuportáveis, pois o portador deste tipo de distúrbio é psicologicamente vulnerável, sendo, portanto, passível da criação de quantas personalidades se fizerem necessárias.

Ás vezes em uma única mente existem centenas de outros "eus", tendo cada um deles sua história, sentimentos e comportamentos específicos. Não raro, chegam a ter outra cultura e até mesmo terem sotaques estrangeiros, como também alguns podem ser religiosos e outros totalmente avessos aos costumes e a moral predominante.

O indivíduo portador deste distúrbio, dificilmente tem controle sobre seu outro " eu", pois a personalidade dominante, que é o ego, não tem conhecimento das demais. Sucede disso o obstáculo de ter ele, uma vida regular, haja vista, que, por cada outro "eu" possuir seu próprio estilo de vida, com gostos e preferências, não aceita consequentemente, o estilo do outro. Por exemplo, no caso de um indivíduo múltiplo amar gatos, pode ocorrer de uma das personalidades os odiar, a partir daí passando a ocorrer fatos, os quais não consegue entender, como no caso de se recolher para dormir e deixar os animais dentro de casa, não havendo possibilidade de saírem, e ao acordar não mais os encontrar. A partir de fatos como este, é capaz de desenvolver outros distúrbios, como mania de perseguição, fobias, entre tantas outras.

Os indivíduos com distúrbio dissociativo da identidade freqüentemente são alertados sobre coisas que fizeram, mas não conseguem se lembrar de tê-las realizado. Outras pessoas também podem comentar sobre mudanças de comportamento de que eles não se lembram. Eles podem descobrir objetos, produtos ou papéis escritos que não conseguem explicar e nem reconhecer.

No período em que um outro "eu" assume o controle, as demais identidades, ficam em estado de amnésia parcial, não tendo, portanto, conhecimento das ações praticadas pelas outras, sendo assim, freqüente a existência de uma personalidade que envolve-se em drogas ou até mesmo com coisas muito mais graves, tais como agressões, furtos, roubos e assassinatos. Em suma, são personalidades totalmente distintas e independentes, mas que fazem parte da mente de um só indivíduo.
O trabalho psicoterapêutico normalmente encontra na história pregressa de situações de perda ou abuso sexual na infância. Como alguns casos foram abusados inclusivamente pelos seus cuidadores (pais/pessoas mais velhas), não é raro, por isso, serem muito desconfiados do pessoal cuidador de saúde. Assim, se tornam rudes, difíceis no trato, e sempre muito cépticos em relação aos médicos ou psicólogos.

O Transtorno Dissociativo de Identidade reflete um fracasso em integrar vários aspectos da identidade, memória e consciência. Cada estado de personalidade pode ser vivenciado como se possuísse uma história pessoal distinta, auto-imagem e identidade próprias, inclusive um nome diferente. Os indivíduos com este transtorno experimentam frequentes lacunas de memória para a história pessoal tanto remota como recente. A amnésia frequentemente é assimétrica. 

Há quem inclua neste diagnóstico as vivências mediúnicas. A importância do estudo destes casos não tem apenas um valor meramente cognitivo, mas também um valor médico com proveito terapêutico não só para as pessoas que se intitulam "médiuns”, mas também para a saúde psíquica dos seus potenciais clientes. É importante distinguir o que é vivência religiosa não-patológica do que são manifestações de psicopatologia dissociativa ou psicótica. Quando é acompanhado de outros sintomas psiquiátricos – tal como ansiedade crónica, fobias, depressão e outros – o Transtorno Dissociativo de Personalidade é considerado problema patológico.

Após diagnosticada tal dissociação o tratamento é rigoroso e demorado, e quando da prática de um ilícito, recai o indivíduo, portador de tal distúrbio, na inimputabilidade, pois não é capaz de determinar-se quanto ao ato praticado.

Fonte: Psicósmica

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Garota tira fotos dela mesma dentro de hospício após tentativa de suicídio


Ela tinha 20 anos, estudava fotografia e aproveitava a vida ao máximo. Mas esse não era seu verdadeiro “eu”, já que ela estava planejando pôr fim a própria vida. Laura Hospes sofria de transtorno alimentar e, embora tenha tratado o problema, a doença havia voltado com mais força. A garota procurou um psicólogo e, após um ano de tratamento, acabou atentando contra a própria vida sem sucesso.
Como Laura conta no site de notícias Bored Panda, ela acabou acordando no hospital psiquiátrico. Após a recuperação física, ela fez um retrato dela mesma, da mesma forma como ela fazia anteriormente quando se sentia solitária ou com raiva. Ela sentiu um rápido alívio após isso.

Recuperando-se com a ajuda da arte

Laura usou a câmera do seu smartphone, já que estava sem acesso as suas outras coisas. Seu namorado trouxe a câmera um dia depois. “Eu comecei a me retratar nesta situação horrível. Toda vez que eu fazia uma sessão de autorretrato, senti um alívio rápido que acalmava a minha cabeça”.
Segundo Laura, a câmera a ajudou a lidar com todas as emoções fortes que a estavam “esmagando”. “Eu honestamente senti como se estivesse prestes a explodir se eu não pudesse me expressar, por isso a minha câmera me salvou dessa maneira”.

Conscientização e apoio

A garota desenvolveu um projeto com as fotos batizado de UCP-UMCG, que é justamente o nome do departamento psiquiátrico que ela esteve internada. O objetivo é tocar as pessoas, principalmente aquelas que precisam ver que não estão sozinhas [enfrentando esse problema].
Laura também quer conscientizar as pessoas que não tem ideia do que está por trás da porta de um hospital psiquiátrico, para que elas possam ver a dor e o medo dos pacientes. “As pessoas em hospitais psiquiátricos não são loucas, elas sentem-se como se estivessem enlouquecendo. E isso é o pior sentimento que já tive”, finaliza a garota.










Dados alarmantes

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas se suicidam por ano em todo o mundo. Para a ABP e o CFM, falta uma política de atenção, com infraestrutura e recursos humanos suficientes para ajudar quem sofre com stress, depressão e esquizofrenia, transtornos que podem, entre outros, levar ao suicídio.
No Brasil, segundo a OMS, houve um crescimento de 10,4% no número de suicídios entre 2000 e 2012.  A alta é de 17,8% entre mulheres e de 8,2% entre os homens. A mortalidade de pessoas com idade entre 70 anos ou mais é maior, de acordo com a pesquisa.
FONTE(S)

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Projeção Astral: Viagens fora do corpo


Não são poucas as pessoas que relataram a sensação de se desprender do corpo durante o sono. Há quem acredite que Cientistas como Kepler, Einstein e Jung também teriam vivido essa experiência

Numa madrugada há pouco mais de 20 anos, o médico urologista carioca Luiz Otávio Zahar teve a sensação de acordar no meio da academia de ginástica que costumava freqüentar. As luzes estavam apagadas e não havia ninguém usando os aparelhos de musculação nem circulando pelos corredores. O médico percorreu o espaço de um lado para o outro, sentindo-se absolutamente consciente. Mas seu passeio noturno, segundo Zahar, tinha uma peculiaridade: ele via tudo do alto, como se estivesse suspenso, flutuando.

Não foi a primeira vez que Zahar experimentou aquela sensação. Desde a adolescência, sentia-se plenamente acordado no meio de algumas noites, circulando por lugares às vezes conhecidos, às vezes não. Descobriu que alguns davam a essa curiosa experiência o nome de projeção astral, outros de experiência extracorpórea, desdobramento ou projeção da consciência. Zahar acabou por acostumar-se e aceitar alguns desses diagnósticos, mas mantinha consigo uma dúvida secreta sobre a veracidade de suas sensações e visões.

Naquela madrugada na academia, porém, Zahar resolveu pôr à prova a tese de que realmente conseguia – como tantas outras pessoas dizem conseguir – sair do corpo, manter o estado de vigília e usar os sentidos para observar coisas concretas. “Eu não deixo de ser, fora do corpo, aquele médico cartesiano que sou, que quer comprovar as coisas. Pensei: ‘tenho de fazer alguma coisa para provar a mim mesmo essa experiência’. Então vi um parafuso esquecido no alto de uma máquina de exercício. Acordei e anotei”, conta. No dia seguinte, foi até a máquina. Para ver o que havia em cima dela, precisou subir em um banco. Do chão, era impossível enxergar. “Subi e vi o parafuso lá.”

Para a ciência convencional, a idéia de que podemos sair do corpo não apenas está longe de ser provada como soa absurda. Afinal, a ciência não acredita em “espíritos”. Não aceita a idéia de uma “essência” vivendo dentro do nosso corpo – portanto, não dá nem para imaginar que seja possível um se separar do outro. Segundo o modelo científico, somos nosso corpo: nossa essência, inseparável de nós, está dentro das nossas células, em especial nas do cérebro. Está justamente no cérebro a explicação dos cientistas para esse fenômeno – e ela é bem prosaica, quase decepcionante (veja no quadro à direita).

Há quem acredite, no entanto, que o ser humano seja capaz de se desprender do corpo durante o sono, de se deslocar através de paredes, de viajar distâncias a velocidades impensáveis, de interagir com outros que estão no mesmo estado ou mesmo com quem já morreu. Tudo isso sem perder a consciência, o pensamento lógico e o comando sobre seus movimentos, tal qual fazemos durante o dia. Antonio Cesar Perri de Carvalho e Osvaldo Magro Filho, autores de um livro chamado Entre a Matéria e o Espírito (O Clarim, 1990), fizeram uma compilação de relatos sobre personalidades que teriam vivido experiências extra-sensoriais. Um deles teria sido o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), que tentou decifrar o movimento dos planetas numa época em que os telescópios ainda estavam em uma fase inicial. “Todas as observações dos séculos anteriores estabeleciam apenas os movimentos aparentes porque tinham sido feitas de uma plataforma móvel – a própria Terra”, conta seu biógrafo, Robert Strother. “Kepler superou isso transportando-se pela imaginação para fora do sistema, olhando para baixo de um ponto no espaço.” O próprio Kepler narrou em um de seus livros, Somniun, a história de um personagem que viajava em sonhos para a Lua. A descrição da superfície lunar confere com o que, séculos depois, veio a se conhecer de fato.

Sobre o físico Albert Einstein, o criador da Teoria da Relatividade, o livro Entre a Matéria e o Espírito cita simplesmente um trecho de uma biografia do cientista no qual ele revela a um amigo que tinha concebido suas idéias revolucionárias “através de uma visão”.



Sonhos de Jung

O psiquiatra suíço Carl Jung parece ter ido mais além no terreno das experiências raras. Ele escreveu sobre fatos estranhos que teriam ocorrido em sua casa – como móveis que se partiam sozinhos sem motivo aparente. O criador da psicologia analítica escreveu também sobre sua capacidade de, às vezes, saber de fatos sobre alguém sem que ninguém os tivesse contado. Em 1944, vitimado por um enfarte, descreveu uma visão que alguns consideram uma experiência de projeção astral. “Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico. Muito abaixo de mim, vi o globo terrestre banhado de uma maravilhosa luz azul (...) O espetáculo de ver a Terra dessa altura foi a experiência mais feérica e maravilhosa da minha vida.”

Quem diz já ter vivenciado uma experiência desse tipo enfatiza: a lembrança do que acontece é a mesma que se tem de um fato vivido durante o dia, quando se está acordado e de olhos bem abertos. E que essas lembranças nada têm a ver com as de sonhos – por mais reais que estes às vezes pareçam. “As saídas do corpo são estudadas desde a Antigüidade, especialmente no Oriente. Mas era um conhecimento vetado, do campo de cada doutrina”, diz Wagner Borges, escritor, conferencista e pesquisador do assunto. Autor de sete livros e fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas (IPPB), Borges dá em suas palestras dicas para quem quiser passar pela experiência extracorpórea de forma consciente. Uma das primeiras perguntas que costuma ouvir é: e se o espírito se desprender para sempre? Para Borges, isso é impossível, já que o corpo, enquanto houver vida, manteria uma conexão indestrutível – “um feixe de energia”, como ele descreve – com o espírito.

Borges, de 43 anos, diz já ter passado por várias experiências desse tipo. As primeiras aconteceram aos 15 anos. “Passava um sufoco. Acordava e não conseguia me mexer”, conta, falando de um “sintoma” comum num processo de projeção. “Uma vez tentei me acalmar, me soltei e vi meu corpo deitado.” Esse seria um dos efeitos da projeção: ver a si mesmo no quarto, deitado, dormindo, exatamente como se realmente está. Em outros casos, o que se vêem são cenários desconhecidos e outras pessoas “projetadas”, pessoas e até mesmo animais, diz Borges. O nível de consciência, segundo ele, varia conforme a ocasião.

O contador paulista Fernando Augusto Golfar, de 37 anos, afirma que vive projeções desde os 6 anos. Contava a seus pais episódios vivenciados por parentes já mortos com os quais falava durante as experiências e visões de lugares que lembrava ter visto dias antes de visitá-los com a família. Por via das dúvidas, a mãe o levou algumas vezes a uma benzedeira. As experiências prosseguiram. “Geralmente me vejo em locais de assistência, hospitais, áreas carentes, enterros ou ajudando usuários de drogas”, conta. Assim como Borges, Golfar afirma ter desenvolvido sua mediunidade. Para ele, isso ajuda em suas projeções astrais, mas não é um requisito fundamental.

O médico Zahar concorda. Agnóstico convicto, ele prefere outra explicação. “Acho que há níveis de consciência e de planos de realidade que ainda não conhecemos.” Curioso e interessado por relatos como os dele, o médico criou em 1999 um grupo de discussão na internet sobre o assunto. O fórum conta hoje com 924 participantes.

Noites maldormidas?

Para neurologista, experiências de projeção astral podem ser atribuídas a problemas relacionados ao sono
Para a medicina convencional, as projeções astrais podem ser explicadas meramente como problemas relacionados ao sono. Segundo o neurologista Rubens Reimão, chefe do Grupo de Pesquisas Avançadas de Medicina do Sono do Hospital das Clínicas, o quadro relatado pelos “projetores” pode ser associado ao que os médicos chamam de alucinação hipnagógica (que ocorre ao cair no sono) e paralisia do sono. As alucinações acontecem quando a pessoa entra abruptamente no estágio de REM (rapid eyes movement, ou movimento rápido dos olhos), que é quando acontecem os sonhos. Normalmente, chega-se a essa fase depois de uns 90 minutos de sono. Mas às vezes mergulhamos nela durante um descuidado cochilo.

“Em geral, a pessoa sonha com o lugar e o momento em que está. Se cochila numa sala de aula, é comum sonhar com alguém falando com ela na sala. E o sonho é tão real que, ao despertar, ela não sabe se aquilo aconteceu ou não”, diz Reimão. Segundo ele, qualquer pessoa pode passar por isso, principalmente se não dormiu o suficiente durante a noite. Já na paralisia do sono, a pessoa acorda, mas sente que simplesmente não pode se mexer nem abrir os olhos e parece estar vendo o próprio quarto.

Por: Marcos de Moura e Souza (Super Interessante - Editora Abril)

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Desafio: Seu raciocínio é rápido? Responda tudo isso em menos de 10 segundos


A todo instante nós somos bombardeados com informações. Para que nosso cérebro não entre em colapso com a vasta gama de dados que recebemos nós focalizamos e selecionamos estímulos, estabelecendo relação entre eles.
Isso é a chamada concentração ou atenção. Algumas pessoas possuem um maior grau de concentração.  Isso acontece porque esses indivíduos conseguem selecionar e processar diversos estímulos com rapidez e precisão. Essas são as pessoas que geralmente têm uma maior facilidade com os famosos e populares testes de raciocínio lógico. Raciocínio Lógico é nada mais do que fatores que levam uma pessoa a fazer uma rápida relação entre objetos. O conhecimento lógico é algo que não se pode ensinar de forma direta.
No entanto, é algo que se vai desenvolvendo à medida que a pessoa interage e se familiariza com o meio avaliado. A seguir você poderá fazer um teste para saber se seu raciocínio é rápido. Claro, o teste não é uma verdade absoluta. Entretanto, nós o disponibilizamos para você desafiar a sua mente e quem sabe, descobrir o gênio que há dentro de você.

Link par ao teste: http://imagens.mdig.com.br/concentra.swf
Fonte: Fatos Desconhecidos.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O que lhe impõe limites não é o seu corpo...

...É a sua mente ! 

Você conseguiria mudar suas atitudes mentais para obter sucesso na vida ?



Dergin Tokmak conseguiu !  Não é comum encontrarmos um dançarino tão especial como ele.

Tudo porque, quando Dergin Tokmak tinha apenas um ano de idade, administraram-lhe uma vacina que já tinha passado do prazo de validade, estava vencida, e não surtiu o efeito de proteção contra a doença que era esperado, e que o levou a perder o controle desde o seu tronco até às pontas dos seus dedos dos pés.


Recentemente foi descoberto que a doença que ele contraiu, e que o levou a ficar nesse estado chama-se poliomielite, também conhecida como paralisia infantil.


Contudo, Dergin Tokmak é especial porque junto com a sua família rumou da Turquia seu país natal, para a Alemanha e lá começou a sua história de extremo sucesso, como poucos.

Apesar da sua incapacidade física, Dergin sempre sonhou em ser bailarino. Para tentar alcançar a sua meta, trabalhou a força dos seus braços durante vários anos, até que, graças ao seu esforço, foi fazer uma apresentação teste para o Circo de Soleil, em 2004… e foi escolhido.


Dergin-Tokmak-01A habilidade artística de Tokmak levou-o a protagonizar comerciais e a incorporar-se a outros grupos de dança reconhecidos a nível mundial.

“Quero passar à geração seguinte que não existem obstáculos tão grande que nos limite para dançar; a minha mensagem como artista é mostrar ao mundo que não existe alma criativa com ou sem incapacidade”

Como se viu, a história de Tokmak prova que não existem limites para os nossos sonhos. Se ele conseguiu passar uma tão grande prova de superação, de que é que você está à espera para por os seus sonhos também em marcha?


Assista ao vídeo abaixo "Amputados Superando Limites"
conheça outros exemplos de superação




Até logo mais...
                                                                                               ...Nos encontraremos lá no topo!

Parte deste texto foi extraído do site: O Comerciante