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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Será que os humanos e os dinossauros poderiam ter coexistido?

Você já se perguntou sobre o que teria acontecido se os dinossauros não tivessem sido extintos há 65 milhões de anos? Será que os humanos teriam surgido na Terra? E mais: será que homens e lagartões teriam “feito amizade”? Segundo Laura Geggel, do portal Live Science, segundo disseram diversos paleontólogos consultados pela equipe do site, para responder essas questões, é necessário entender como os mamíferos assumiram o reinado do planeta.
De acordo com Laura, embora existissem mamíferos na Terra durante o Mesozoico, ou seja, o período em que os dinossauros perambulavam por aqui, esses animais eram pequeninos, mais ou menos do tamanho de um gato doméstico. Quem reinava no mundo eram os lagartões, e eles estavam se saindo muito bem — até que o asteroide acertou o nosso planeta.

Período de reinado

Os dinossauros surgiram na Terra 150 milhões de anos antes do evento que desencadeou o seu desaparecimento, e provavelmente teriam continuado evoluindo se a sua existência não tivesse sido tragicamente interrompida. Se esses animais não tivessem sido extintos, os mamíferos dificilmente teriam tido chances de evoluir e, portanto, é possível que os primatas jamais tivessem existido e, consequentemente, os humanos.
Segundo Laura, os mamíferos surgiram há cerca de 220 milhões de anos durante o Triássico Superior, aproximadamente na mesma época em que os dinossauros apareceram na Terra. Entretanto, os lagartões saíram na frente, se ramificando em milhares de espécies que se espalharam, cresceram e dominaram o planeta.
Enquanto isso, os mamíferos, coitados, ficaram limitados a um segundo plano e, de acordo com as evidências observadas em fósseis, sobreviviam principalmente do consumo de insetos, sementes e, de vez em quando, de algum lagartinho pequeno. Contudo, quando o asteroide colidiu contra a Terra, todos os animais sofreram as consequências, e o resultando foi a extinção dos dinossauros (com exceção dos que tinham penas) e de 70% dos mamíferos.

Sobrevivência dos mais versáteis

De acordo com Laura, para a nossa sorte, os mamíferos mais resilientes, aqueles que eram mais pequeninos e que não dependiam de uma dieta específica, conseguiram sobreviver à devastação que seguiu. Esses bichinhos enfrentaram as dificuldades se escondendo e se alimentando com uma variedade de itens e, sem os dinossauros por perto, aos poucos eles foram dominando a Terra.
Assim, com o tempo, os mamíferos começaram a ocupar o topo de seus nichos ecológicos e, ao longo de alguns milhares de anos, eles foram evoluindo e dando origem a novas espécies. Após meio milhão de anos da extinção dos dinossauros, alguns mamíferos já contavam com o tamanho de cães de médio porte, e foram eles que deram origem às mais de 5 mil espécies que existem atualmente no mundo.
Sendo assim, se os dinossauros não tivessem desaparecido da face da Terra, os mamíferos jamais teriam se desenvolvido da forma como fizeram — e nós, humanos, possivelmente não estaríamos aqui hoje. Portanto, respondendo à pergunta do título da matéria (“será que os humanos e os dinossauros poderiam ter coexistido?”), a resposta é: não, de jeito nenhum!

Fonte: Fatos Desconhecidos.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Mosquitos geneticamente modificados podem acabar com a dengue no Brasil



Para tentar solucionar o problema da dengue no Brasil e em outros países que sofrem com a influência doAedes aegypti, um grupo de cientistas brasileiros e de outros países se juntaram para criar o que pode ser o futuro exterminador da doença: mosquitos machos, da própria espécie transmissora da doença, geneticamente modificados. O objetivo, que já começou a mostrar resultados com testes em Piracicaba (SP),  é que os machos da espécie, criados em laboratório, copulem com as fêmeas e transmitam para elas um gene capaz de causar a morte da futura prole antes do seu amadurecimento.

Mosquitos da dengue machos produzidos em laboratório
Mosquito Aedes aegypti macho fabricado pela Oxitec, em Campinas, SP (Foto/Reprodução: Eduardo Carvalho/G1)

Em um estudo divulgado no início deste mês na revista científica Plos One, pesquisadores da Universidade de São Paulo e cientistas das empresas Moscamed, na Bahia, e Oxitec, de Abingdon, no Reino Unido, divulgaram os resultados iniciais de testes realizados com os “novos mosquitos” no Brasil e na Flórida.
De acordo com informações do portal americano New Scientist, o plano dos pesquisadores é reduzir gradualmente o número de mosquitos transmissores da dengue em regiões em que existe incidência da doença através dos novos machos da espécie. Atualmente, os “mosquitos de laboratório” são criados em massa em uma fábrica em Campinas, Brasil, através do intermédio de cientistas da Oxitec. A empresa tem uma licença para comercializar e liberar os mosquitos por causa qualquer lugar do Brasil.
Segundo informações do estudo inicial, os testes com estes novos animais começaram em 6 de abril deste ano e mais de 6 milhões de mosquitos já foram liberados apenas em Piracicaba, uma das cidades mais afetadas pela doença.
Resultados com base na luz

Os mosquitos transgênicos também carregam um gene que faz com que as larvas resultados da cúpula de fêmeas com os novos machos desenvolvam brilho vermelho sob luz ultravioleta, que permite aos cientistas ver a olho quão bem a estratégia está funcionando.
“Isso dá uma leitura instantânea de sucesso como você está dirigindo pela população nativa”, diz Hadyn Parry, chefe executivo da Oxitec ao New Scientist.
Entre as conclusões, está um trabalho realizado em um subúrbio de Juazeiro, na Bahia, que mostrou que no prazo de seis meses, os mosquitos geneticamente modificados tinham reduzido a população nativa em 95% – índice abaixo do nível teórico necessário para transmitir a doença.
“Ele mostrou que o nosso método é mais eficaz do que qualquer outro a erradicar os mosquitos que transmitem a doença”, diz Parry. “Com inseticidas, nada apaga mais de 50 por cento dos mosquitos, ao passo que nós temos acima de 90 por cento”.
Agora, os pesquisadores querem descobrir se a redução de mosquitos transmissores de dengue vai realmente levar a uma queda na incidência da doença e a sua possível erradicação.
“Em teoria, se você tem menos mosquitos, teria menos transmissões. Mas isso ainda está sendo investigado”, diz Margareth Capurro, da Universidade de São Paulo, e chefe da equipe brasileira que realizou a pesquisa em Juazeiro.
“Você pode ter muitos mosquitos com apenas alguns infectados, ou muito poucos com todos eles infectados”, diz ela. “Se isso acontecer, você suprime a população, mas não afeta a transmissão da dengue.”

Fonte: TopBiologia

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Estudo diz que, em colônia de formigas, 25% dos indivíduos não trabalham


Quando falamos em formigas, costumamos associar estes animais a exemplos de trabalhadores incansáveis, que fazem de tudo para manter o formigueiro. Porém, um estudo recente pode diminuir o status de ‘dedicadas’ das formigas. Em um trabalho realizado nos Estados Unidos, cientistas descobriram que muitos dos insetos da espécie Temnothorax rugatulus, da América do Norte, simplesmente não trabalham.

(Foto: reprodução/Terri Heisele/SXC)

Durante o estudo, publicado na revista Behavioral Ecology and Sociobiology em setembro, os pesquisadores marcaram, por duas semanas, todos os indivíduos de cinco diferentes colônias com pontos coloridos para conseguir monitorá-los por câmeras. Seis vezes por dia, os dispositivos filmavam os formigueiros por 5 minutos e registravam o que cada uma das formigas estava fazendo. Para o trabalho, foi levado em consideração que, normalmente, em determinados momentos, todo formigueiro possui formigas inativas.
Com as filmagens, foi observado que apenas 2,6% das formigas estava trabalhando o tempo todo, enquanto 71,9% passavam metade do dia sem fazer nada. As formigas que apareceram o tempo todo inativas eram 25,1%.
“Talvez o resultado mais surpreendente desse estudo seja o de que a inatividade é altamente recorrente e explica uma grande parte da variação entre trabalhadores, além de tarefas especializadas como forrageamento, construção e cuidado do ninho”, escreveram Daniel Charbonneau e Anna Dornhaus, da Universidade do Arizona, autores do trabalho.
Agora, os pesquisadores querem saber como interpretar os resultados obtidos no estudo.
“À primeira vista, a inatividade poderia ser considerada apenas falta de atividade e parecer trivial”, afirmaram. “Entretanto, mostramos que existe um subconjunto de trabalhadores efetivamente ‘especializados’ em inatividade.”
Uma hipótese ainda não explorada é a de que a idade das formigas tenha algum papel em determinar se elas estão ativas ou não. As muito jovens e muito velhas poderiam estar sendo poupadas. Para confirmar isso, seria preciso conduzir pesquisas ainda mais detalhadas e por mais tempo, afirmam.
Fonte: Top Biologia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Pesquisadores brasileiros criam plástico que se decompõe em um mês



Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em São Carlos (SP), desenvolveram um plástico biodegradável que leva apenas um mês para se decompor. Normalmente, plásticos demoram pelo menos 100 anos para desaparecerem da natureza. O caso foi divulgado pela EPTV.


Pesquisadores desenvolvem novo plástico
(Foto: reprodução/Jornal EPTV)

De acordo com informações da Embrapa, o material é feito à base de amido de milho, mandioca e derivados de celulose, sem usar aditivos químicos, como os plásticos tradicionais. Além disso, o material pode ser produzido em escala em poucos minutos.
“São várias moléculas de açúcares e, por isso, o plástico tem a característica de ser biodegradável por microorganismos que geralmente digerem açúcares”, explicou à EPTV o coordenador do estudo, Luiz Henrique Mattoso.
Para Matosso, além do fator decomposição, outro ponto positivo do novo material é que a fabricação é mais econômica do que a de plásticos normais. Segundo ele, o plástico pode ser produzido em temperaturas e pressões menores que os sintéticos, gerando redução de energia elétrica.


(Foto: reprodução/Jornal EPTV)

De acordo com os pesquisadores, o material despertou o interesse de algumas empresas e a expectativa é de que esteja disponível no mercado em dois anos, contribuindo para a economia de recursos e a redução de resíduos.
“Se a gente pode contribuir com materiais que tornem essa cadeia mais benéfica e melhor vista pelos consumidores, então isso é realmente gratificante para toda a equipe”, explicou o engenheiro de alimentos Francys Moreira.
Fonte: Top Biologia

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Macho, mas por pouco tempo: alguns peixes mudam de sexo


Marco Chiaretti
Um peixe-palhaço, do gênero Amphiprion, é macho, mas só por tempo limitado. Sua missão natural é crescer — ele mede oito centímetros — e virar fêmea. Dez por cento das espécies de peixes trocam de sexo uma vez na vida. Passam de macho a fêmea ou vice-versa, em um processo que leva algumas semanas para se completar. A inversão ocorre quando a proporção entre os dois sexos sofre algum desequilíbrio. Com ela, a espécie se defende. Aumentam as chances de ocorrer encontros reprodutivos bem sucedidos.
Na maior parte dos vertebrados, os indivíduos são machos ou fêmeas toda a vida. A informação sobre sua sexualidade, inscrita nos genes, não admite mudanças. Os cientistas deram um nome estranho a isso: gonocorismo.
O ser humano é gonocórico, assim como a maior parte das espécies de peixes. Para as outras espécies, a natureza reservou um menu variado de formas reprodutivas, entre elas a inversão sexual, a capacidade de trocar de sexo a partir de estímulos do ambiente. As estratégias alternativas ajudam a equilibrar a proporção entre os sexos em determinado grupo, facilitando a reprodução.
Dez por cento das espécies de peixes mudam de sexo. Os peixes transexuais dividem-se em dois grupos.
No primeiro deles, os peixes são chamados transexuais protândricos. Quando jovens, têm glândulas sexuais potencialmente capazes de produzir óvulos e espermatozóides. Quando atingem o estágio de pré-adultos, tornam-se machos sexualmente ativos.
Parte desses machos, os mais agressivos, vão desenvolver mais tarde a área feminina de suas glândulas sexuais. Não produzirão mais espermatozóides e se tornarão adultos completos. Todos os outros peixes do grupo terão seu crescimento sexual inibido.
Os cientistas estudaram peixes do gênero Amphiprion em que o processo de inibição sexual é bem visível.
O segundo grupo é chamado de protogínico. Reúne 90% dos peixes que trocam de sexo. Nesse grupo, os peixes têm ovários em sua primeira fase; as glândulas transformam-se em testículos na segunda fase. A inversão só acontece uma vez e não se realiza sempre. Somente 15% dos peixes mudam de sexo.
Algumas espécies são ao mesmo tempo transexuais e gonocóricas: incluem indivíduos que são sempre machos (ou fêmeas) e indivíduos capazes de trocar de sexo. Essas espécies são chamadas de diândricas.
A chave para entender a inversão sexual é a proporção entre os sexos em determinado grupo. A inversão é uma estratégia que permite equilibrar essa proporção rapidamente.
Se, em um cardume, houver uma queda acentuada do número de machos, por exemplo, e a espécie não for capaz de trocar de sexo, o cardume perderá um bom tempo mudando de lugar, em busca de outros machos. Nas espécies transexuais, parte do cardume inverte o sexo, e o problema se resolve.
Por que acontece a inversão? “Por uma série de fatores relacionados com o meio ambiente e com a bagagem genética da espécie”, diz o professor Robert Betito, da Universidade de Rio Grande, RS. O gatilho da inversão, diz ele, é acionado sempre que o peixe passa por uma série de encontros sexuais mal-sucedidos. Por exemplo, um macho encontra outro animal da mesma espécie e começa o ritual sexual. Só que o outro peixe também é macho. Sem resposta, o primeiro macho vai embora.
Isso acontece porque muitas espécies não têm uma diferenciação visível entre os dois sexos. Quando em um cardume ou um grupo, há um desequilíbrio na proporção entre os dois sexos, com falta de machos ou fêmeas, os peixes começam a se sentir “sexualmente frustrados”.
O norte-americano John Goodwin publicou em 1990 um estudo sobre a espécie Amphiprion melanopus. Segundo ele, dez dias depois do começo da mudança de macho para fêmea, as glândulas sexuais dos animais estudados ainda produziam espermatozóides, mas já apresentavam mudanças. No 20º- dia, praticamente só havia produção de óvulos. A partir do 45º- dia, a mudança no tamanho e no padrão de cores já estava completa. Outras espécies demoram até 100 dias para completar a inversão.
As pesquisas sobre inversão sexual entre os peixes começaram há vinte anos. Elas mostram que o fenômeno ocorre muito em lugares de águas quentes e rasas, como o Mar Vermelho, o Oceano Índico ou certas regiões do Pacífico.
No Brasil, em certos pontos do litoral do Rio de Janeiro e do Nordeste, também há várias espécies que invertem o sexo. No Rio Grande do Sul, embora a água não permaneça quente durante um período muito longo do ano, há peixes transexuais, entre eles o pargo rosa.
Alguns gêneros, como o Amphiprion, chamado peixe-palhaço por suas cores, ou peixe-anêmona, por causa de sua relação com quase 800 espécies de anêmonas, são quase totalmente transexuais.
Os Amphiprion são peixes pequenos. As fêmeas da espécie Bicinctus, por exemplo, têm 13 centímetros e pesam 46 gramas; os machos medem 11 centímetros e 28 gramas.
Há 26 espécies de Amphiprion espalhadas entre as regiões de águas quentes do planeta. Os peixes protegem-se do ataque dos predadores escondendo-se entre os tentáculos venenosos das anêmonas. Eles não nascem imunizados contra o veneno. Adquirem a imunização pouco a pouco, passando entre os tentáculos e cobrindo-se com um muco que as anêmonas produzem para que um tentáculo não envenene o outro.
Os Amphiprion não vivem em cardumes, mas em “famílias”, com um macho ou uma fêmea dominante (depende da espécie). Têm faixas coloridas e muito marcantes. Isso serve de proteção, já que cria nos predadores uma espécie de memória visual. O predador sabe que junto ao peixe com aquele padrão de cores haverá uma anêmona. Quase sempre prefere tentar comer outra coisa.
Esta façanha é considerada a melhor da biologia, uma forma incrível de garantir sucesso na reprodução da espécie, algumas espécies de sapos também adquiriram esta habilidade.

Fonte: Super Interessante - Abril