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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Macho, mas por pouco tempo: alguns peixes mudam de sexo


Marco Chiaretti
Um peixe-palhaço, do gênero Amphiprion, é macho, mas só por tempo limitado. Sua missão natural é crescer — ele mede oito centímetros — e virar fêmea. Dez por cento das espécies de peixes trocam de sexo uma vez na vida. Passam de macho a fêmea ou vice-versa, em um processo que leva algumas semanas para se completar. A inversão ocorre quando a proporção entre os dois sexos sofre algum desequilíbrio. Com ela, a espécie se defende. Aumentam as chances de ocorrer encontros reprodutivos bem sucedidos.
Na maior parte dos vertebrados, os indivíduos são machos ou fêmeas toda a vida. A informação sobre sua sexualidade, inscrita nos genes, não admite mudanças. Os cientistas deram um nome estranho a isso: gonocorismo.
O ser humano é gonocórico, assim como a maior parte das espécies de peixes. Para as outras espécies, a natureza reservou um menu variado de formas reprodutivas, entre elas a inversão sexual, a capacidade de trocar de sexo a partir de estímulos do ambiente. As estratégias alternativas ajudam a equilibrar a proporção entre os sexos em determinado grupo, facilitando a reprodução.
Dez por cento das espécies de peixes mudam de sexo. Os peixes transexuais dividem-se em dois grupos.
No primeiro deles, os peixes são chamados transexuais protândricos. Quando jovens, têm glândulas sexuais potencialmente capazes de produzir óvulos e espermatozóides. Quando atingem o estágio de pré-adultos, tornam-se machos sexualmente ativos.
Parte desses machos, os mais agressivos, vão desenvolver mais tarde a área feminina de suas glândulas sexuais. Não produzirão mais espermatozóides e se tornarão adultos completos. Todos os outros peixes do grupo terão seu crescimento sexual inibido.
Os cientistas estudaram peixes do gênero Amphiprion em que o processo de inibição sexual é bem visível.
O segundo grupo é chamado de protogínico. Reúne 90% dos peixes que trocam de sexo. Nesse grupo, os peixes têm ovários em sua primeira fase; as glândulas transformam-se em testículos na segunda fase. A inversão só acontece uma vez e não se realiza sempre. Somente 15% dos peixes mudam de sexo.
Algumas espécies são ao mesmo tempo transexuais e gonocóricas: incluem indivíduos que são sempre machos (ou fêmeas) e indivíduos capazes de trocar de sexo. Essas espécies são chamadas de diândricas.
A chave para entender a inversão sexual é a proporção entre os sexos em determinado grupo. A inversão é uma estratégia que permite equilibrar essa proporção rapidamente.
Se, em um cardume, houver uma queda acentuada do número de machos, por exemplo, e a espécie não for capaz de trocar de sexo, o cardume perderá um bom tempo mudando de lugar, em busca de outros machos. Nas espécies transexuais, parte do cardume inverte o sexo, e o problema se resolve.
Por que acontece a inversão? “Por uma série de fatores relacionados com o meio ambiente e com a bagagem genética da espécie”, diz o professor Robert Betito, da Universidade de Rio Grande, RS. O gatilho da inversão, diz ele, é acionado sempre que o peixe passa por uma série de encontros sexuais mal-sucedidos. Por exemplo, um macho encontra outro animal da mesma espécie e começa o ritual sexual. Só que o outro peixe também é macho. Sem resposta, o primeiro macho vai embora.
Isso acontece porque muitas espécies não têm uma diferenciação visível entre os dois sexos. Quando em um cardume ou um grupo, há um desequilíbrio na proporção entre os dois sexos, com falta de machos ou fêmeas, os peixes começam a se sentir “sexualmente frustrados”.
O norte-americano John Goodwin publicou em 1990 um estudo sobre a espécie Amphiprion melanopus. Segundo ele, dez dias depois do começo da mudança de macho para fêmea, as glândulas sexuais dos animais estudados ainda produziam espermatozóides, mas já apresentavam mudanças. No 20º- dia, praticamente só havia produção de óvulos. A partir do 45º- dia, a mudança no tamanho e no padrão de cores já estava completa. Outras espécies demoram até 100 dias para completar a inversão.
As pesquisas sobre inversão sexual entre os peixes começaram há vinte anos. Elas mostram que o fenômeno ocorre muito em lugares de águas quentes e rasas, como o Mar Vermelho, o Oceano Índico ou certas regiões do Pacífico.
No Brasil, em certos pontos do litoral do Rio de Janeiro e do Nordeste, também há várias espécies que invertem o sexo. No Rio Grande do Sul, embora a água não permaneça quente durante um período muito longo do ano, há peixes transexuais, entre eles o pargo rosa.
Alguns gêneros, como o Amphiprion, chamado peixe-palhaço por suas cores, ou peixe-anêmona, por causa de sua relação com quase 800 espécies de anêmonas, são quase totalmente transexuais.
Os Amphiprion são peixes pequenos. As fêmeas da espécie Bicinctus, por exemplo, têm 13 centímetros e pesam 46 gramas; os machos medem 11 centímetros e 28 gramas.
Há 26 espécies de Amphiprion espalhadas entre as regiões de águas quentes do planeta. Os peixes protegem-se do ataque dos predadores escondendo-se entre os tentáculos venenosos das anêmonas. Eles não nascem imunizados contra o veneno. Adquirem a imunização pouco a pouco, passando entre os tentáculos e cobrindo-se com um muco que as anêmonas produzem para que um tentáculo não envenene o outro.
Os Amphiprion não vivem em cardumes, mas em “famílias”, com um macho ou uma fêmea dominante (depende da espécie). Têm faixas coloridas e muito marcantes. Isso serve de proteção, já que cria nos predadores uma espécie de memória visual. O predador sabe que junto ao peixe com aquele padrão de cores haverá uma anêmona. Quase sempre prefere tentar comer outra coisa.
Esta façanha é considerada a melhor da biologia, uma forma incrível de garantir sucesso na reprodução da espécie, algumas espécies de sapos também adquiriram esta habilidade.

Fonte: Super Interessante - Abril

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

13 Animais arquitetos e as lindas casas que eles constroem


A maioria dos animais se contentam apenas em encontrar um espaço quentinho e protegido para dormir à noite com seus filhotes, mas há alguns animais que são um pouco… digamos, exigentes!
Eles mesmos constroem suas casas da forma mais criativa o possível. Esses bichinhos fazem seus espaços carregando galhos, pedaços de árvores e folhas. O resultado dessas “construções” é tão bonito que algumas parecem até que foram feitas por mãos humanas. Veja a seguir 13 animais que são alguns dos melhores arquitetos do reino animal.

1. O Tecelão-Social

O Tecelão-Social, ou Sociable Weaver, é um pássaro nativo da África do Sul, Namíbia e Botswana. Eles são capazes de tecer enormes ninhos feitos de pedaços de pau e capim, com capacidade de hospedar centenas de aves. Esses ninhos permitem que os pássaros fiquem protegidos das temperaturas frias da noite.
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2. As formigas tecelãs australianas

As formigas tecelãs que vivem na África Central e no Sudeste Asiático constroem seus ninhos com folhas de árvores, usando seda de larvas para juntá-las.
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3. Pássaro Pavilhão

O Pássaro Pavilhão macho ou Bowerbird, adora fazer grandes cabanas com galhos de árvores. Os Bowerbirds são excelentes “arquitetos” do mundo animal, pois eles gostam de carregar para suas cabanas enfeites como flores, bagas e outros arranjos para atrair as fêmeas.
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4. Cupim-bússola

O cupim-bússola constrói torres de até três metros de altura, que têm suas temperaturas reguladas. Quem vê essas torres nem imagina que foram feitas por pequenos cupins.
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5. Abelhas

A vida inteira de uma abelha se passa ao redor de seus ninhos. São nesses ninhos, formados por cera secretada, que elas processam os alimentos e criam seus filhotes.
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6. Formiga Vermelha De Madeira Europeia

As formigas vermelhas de madeira europeia conseguem transportar materiais que pesam 40 vezes a mais que o seu peso corporal. Elas conseguem construir grandes montes no chão da mata, transportando plantas, terra e pedras. Suas edificações são tão boas que são resistentes a alguns eventos catastróficos, como inundações.
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7. João de Barro Vermelho

O João de Barro Vermelho constrói o seu ninho com lama e barro, de uma forma que sejam fortes para resistir às chuvas e aos animais predadores. Seus ninhos têm aparência curiosa, sendo empilhados e muito resistentes.
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8. Pássaros Tecelões

Os Pássaros Tecelões costumam construir seus elegantes ninhos em palmeiras e acácias espinhosas, onde os predadores tenham mais dificuldade em alcançá-los. É função dos machos tecelões escolher onde será o ninho.
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9. Vespas

As vespas constroem seus ninhos com vegetais e outros materiais encontrados na natureza, como resina e lascas de árvores. Seus ninhos são compostos internamente por favos de mel.
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10. Castor

O castor constrói seu ninho no meio do rio, com a ajuda dos seus dentes eles podem transformar árvores em lascas para construiu suas curiosas casas dentro da água.
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11. Japu

O Japu (Montezuma Oropendola) é um lindo pássaro encontrado no México e no Panamá. Seus ninhos são pequenos, feitos principalmente de grama. Eles normalmente vivem em colônias de cerca de 30 aves, sendo que o macho é sempre dominante.
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12. Andorinhas

As andorinhas constroem ninhos de diversos materiais, como lama, restos de vegetais e saliva. Elas preferem construir ninhos em locais isolados ou abandonados. O mais interessante é que os seus ninhos podem ser comestíveis! Na China, por exemplo, é comum os chineses fazerem sopa de ninho de andorinha.
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13. Moscas d’água

Há quase 12 mil espécies diferentes de moscas d’água, que constroem seus casulos temporários dentro dos rios. Para construir os casulos, elas excretam seda por suas glândulas salivares; elas também gostam se envolver entre joias e pedras preciosas para construir seus casulos.

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Fonte: Tudo Interessante

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Chimpanzé que abraça sua tratadora antes de voltar para seu habitat natural (Vídeo)


Wounda é o nome da chimpanzé que foi resgatada, em péssimas condições, da selva do Congo pelo Instituto Jane Goodall - responsável por tratar e reabilitar animais feridos por caçadores. Após cuidar da saúde do animal, a primatóloga britânica Jane Goodall e a veterinária Rebeca Atencia acompanharam o retorno de Wounda para seu habitat natural. 

A libertação do animal foi especialmente marcante devido a um gesto que emocionou não só a equipe como a todos que assistiram a cena. Ao se despedir, Wounda abraçou a criadora de forma carinhosa, mostrando a sua gratidão por tudo o que Jane fez.

Veja o momento:





Fonte: Yahoo Br Notícias

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Você mata baratas? Cientistas te dão uma razão para não fazer mais isso



As baratas são consideradas os insetos mais nojentos e assustadores do mundo por muitas pessoas. Além de serem evitadas a todo custo por muita gente, elas também despertam curiosidade de outras.

Afinal das contas, a sua resistência e capacidade de sobreviver em situações complicadas chamam a atenção, inclusive dos cientistas. Recentemente, as baratas foram objeto de estudos científicos.

Pesquisadores da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica, realizaram uma pesquisa com os insetos e fizeram uma descoberta inacreditável: elas têm personalidade.

Isso mesmo, as baratas não são apenas bichinhos asquerosos e super resistentes, elas também são capazes de tomar decisões complexas e desenvolver características como timidez e coragem.

De acordo com um dos pesquisadores do projeto, Issac Planas, “Baratas são animais simples, mas elas podem tomar decisões complexas. Com poucas informações e interações elas podem tomar decisões difíceis”.

Experimento



Para chegar a essa conclusão, os cientistas realizaram um experimento com 16 baratas. Os insetos foram submetidos a um aquário circular com forte iluminação. No recipiente, dois abrigos com sombra ofereciam proteção.

Chips foram instalados nos animais para monitorá-los e, além disso, câmeras os observavam e registravam todos os seus movimentos.

Dessa maneira, os cientistas descobriram que as baratas se separavam em três grupos distintos. De acordo com os dados obtidos, cada grupo levou um tempo diferente para procurar abrigo, mas no fim das contas sempre chegavam a um consenso.



Esse tipo de comportamento é típico de animais como morcegos e macacos, considerados mais inteligentes. Segundo os pesquisadores, os diferentes tipos de comportamento indicam diferentes personalidades.

As baratas mais astutas, por exemplo, se escondem primeiro, já as mais corajosas se aventuram a conhecer o local. Essas diferenças de personalidades podem explicar a capacidade de adaptação a diferentes ambientes, que é algo característico desses insetos.

Agora que você sabe que as baratas têm personalidade, provavelmente vai pensar duas vezes antes de pisar em uma delas.

Fonte: O Globo