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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Por que bocejamos?


É um sinal, causado por um reflexo involuntário, de que o corpo necessita de sono. Uma vez iniciado o bocejo, é quase impossível interrompê-lo. A pessoa pode fechar a boca, mas os músculos acionados pelo reflexo continuam a sua contração. O ser humano e muitos outros animais bocejam quando o oxigênio começa a ficar escasso no ambiente em que estão e quando seus músculos estão inteiramente relaxados. Uma pessoa que boceja com freqüência provavelmente não está recebendo oxigênio suficiente para suas necessidades. Ela pode estar precisando de um ambiente mais ventilado ou de exercícios. Em geral, essa pessoa deixará de bocejar se beber alguma coisa ou banhar o rosto com água fria.
"O bocejo ainda não é muito conhecido pela medicina", diz Arnaldo Lichtenstein, clínico geral do Hospital das Clínicas de São Paulo. Falta esclarecer qual é a parte do sistema nervoso que controla o reflexo, possivelmente o mesencéfalo (no centro do cérebro). Uma das finalidades do bocejo pode ser a de despertar o indivíduo, ao fazer ele estirar os músculos, e ajudar o sangue a circular.
"Há muita gente que acredita que ele tenha grande utilidade no nosso dia-a-dia. Quando uma pessoa está sonolenta, a distensão dos alvéolos pulmonares fica um pouquinho menor e o bocejo, assim como o suspiro, serviria, então, para desfazer esses pequenos colapsos do pulmão", afirma Arnaldo.
O reflexo pode ser acionado também pela visão de outro bocejo - ou seja, é contagioso: quando vemos alguém bocejando, logo sentimos vontade de fazer o mesmo.
Ventilação totalBocejo escancara as vias respiratórias para dar mais oxigênio ao organismo
1. A contração dos alvéolos pulmonares é uma das reações que desencadeiam o reflexo do bocejo
2. O cérebro dispara esse reflexo fazendo os músculos do rosto se contorcerem e a boca se abrir, aumentando a inspiração de ar

Conseguiu ler tudo e ver todas imagens sem bocejar? Duvido!

Adaptado de Mundo Estranho

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Sempre esquece rostos? A culpa pode não ser da sua memória


A maioria de nós, ocasionalmente, acaba não reconhecendo pessoas que… bem, já conhecemos. Isso geralmente acontece quando encontramos esse alguém em um contexto incomum, como ver um colega de trabalho no supermercado. No entanto, a capacidade de reconhecer outra pessoa pelo seu rosto é algo que a maioria de nós tomamos como certa. Mas como seria se todos os rostos parecessem o mesmo para você?
Como os psicólogos Richard Cook, professor de psicologia da City University London, e Frederica Biotti, doutoranda em psicologia cognitiva e neurociência também da City University London, escrevem no site The Conversation, há um crescente reconhecimento de uma doença chamada prosopagnosia desenvolvimental (cegueira facial). Pessoas com esta condição têm visão normal, mas crescem com severas dificuldades em reconhecer rostos.
Ao contrário de casos de prosopagnosia adquirida – em que as pessoas têm dificuldade em reconhecer rostos mais tarde na vida como resultado de um acidente vascular cerebral, por exemplo – pessoas com prosopagnosia desenvolvimental têm problemas de reconhecimento de rostos ao longo da vida, apesar de não terem lesão cerebral.
Prosopagnosia desenvolvimental é um exemplo de uma condição do neurodesenvolvimento semelhante à dislexia. Assim como as pessoas com dislexia crescem com problemas de leitura de palavras, as pessoas com prosopagnosia desenvolvimental crescem com problemas de leitura de rostos.
Acreditava-se que a prosopagnosia desenvolvimental era extremamente rara, mas, à medida que a consciência pública a respeito da doença aumentava, mais e mais pessoas que sofrem com ela tornaram seus problemas conhecidos pelos pesquisadores. As últimas estimativas sugerem que mais de 1 em 50 pessoas podem experimentar dificuldades de reconhecimento facial graves o suficiente para afetar suas vidas diárias. Infelizmente, algumas pessoas desenvolvem a ansiedade e depressão como resultado das dificuldades sociais que vivenciam.
Prosopagnósicos desenvolvimentais conhecidos incluem o ator Brad Pitt, o cofundador da Apple Steve Wozniak, e o autor e neurologista Oliver Sacks.

Formas de enfrentamento

Prosopagnósicos costumam achar formas alternativas para reconhecer os outros. Por exemplo, muitos aprendem a reconhecer uma pessoa por uma característica facial incomum, voz, corte de cabelo, roupa ou a forma como se movem. Pessoas com a doença, por vezes, esperam que os outros iniciem uma conversa para que possam identificá-los por sua voz. Ambientes onde as pessoas usam roupas semelhantes, como uniformes escolares ou profissionais, podem tornar o reconhecimento mais difícil. Além disso, prosopagnósicos podem deixar de reconhecer uma pessoa se ela muda o seu penteado ou coloca um chapéu.
Na escola, crianças com esta condição podem ter problemas em reconhecer amigos e professores. Como adultos, alguns doentes deliberadamente escolhem carreiras que não exigem contato frequente face-a-face e muitos evitam situações sociais potencialmente desafiadoras.
A doença também pode causar dificuldade em acompanhar filmes e programas de TV devido a problemas para reconhecer personagens em cenas diferentes. Em casos graves, os pacientes podem também achar difícil reconhecer seus parceiros e membros da família.
Muitas vezes, prosopagnósicos crescem culpando a si mesmo, atribuindo suas dificuldades de reconhecimento de face a uma falta de foco ou má memória. Infelizmente, estes tipos de interpretações podem ser reforçados por pais e professores que desconhecem a doença. No entanto, ela não está relacionada com a inteligência geral, atenção ou capacidade ampliada de memorização. Muitas vezes, descobrir sobre sua condição e que não estão sozinhos é um enorme alívio aos doentes.

Raízes genéticas?

Embora as causas da prosopagnosia desenvolvimental não sejam totalmente compreendidas, estudos utilizando novas técnicas de monitoramento por imagem revelaram diferenças cerebrais sutis em pessoas com a doença. Em particular, várias regiões do cérebro conhecidas por desempenhar um papel no reconhecimento de face parecem ser subconectadas em prosopagnósicos desenvolvimentais, possivelmente prejudicando a troca de informações dentro dessa rede.
“A condição provavelmente tem um componente genético. Muitas vezes, aqueles que sofrem com ela têm um irmão ou pai que também têm dificuldade em reconhecer rostos”, explicam os pesquisadores. “Fatores genéticos ou ambientais que fazem uma pessoa desenvolver cegueira facial podem aumentar suas chances de ter outras perturbações do desenvolvimento neurológico. Por exemplo, a prosopagnosia desenvolvimental parece ser mais comum em pessoas com autismo do que na população em geral”.

Novo teste diagnóstico

Até recentemente, os pesquisadores se baseavam em testes de reconhecimento facial baseados em computador para diagnosticar a doença. No entanto, completar testes informatizados pode ser demorado e caro, por isso há interesse em que seja criado um teste que seja fácil de administrar e possa ser usado para verificar um grande número de pessoas.
Cook esteve à frente de um equipe de pesquisadores da City University London que desenvolveu um questionário para ajudar os estudiosos e médicos a identificar as pessoas com prosopagnosia desenvolvimental. O questionário tem 20 declarações com base em experiências comuns relatadas pelos pacientes. Por exemplo: “Quando eu estava na escola, eu tinha problema para reconhecer meus colegas de classe” e “Quando as pessoas mudam seu corte de cabelo ou usam chapéus, tenho problemas em reconhecê-las”.
Os entrevistados indicam o quão bem cada afirmação os descreve em uma escala de cinco pontos, dando uma pontuação total de entre 20 e 100. Quando usado juntamente com testes baseados em computador de capacidade de reconhecimento de rosto, a pontuação no questionário pode ajudar os pesquisadores a desenvolver um perfil de potenciais prosopagnósicos, garantindo um diagnóstico consistente e confiável.
“Estamos apenas começando a entender prosopagnosia desenvolvimental”, apontam os pesquisadores. “A capacidade de examinar um grande número de pessoas vai ajudar os pesquisadores a descobrir a verdadeira extensão da doença – algo que tem, até agora, sido baseado em extrapolação e adivinhação”. Ao compreender sua natureza e origem, um dia pode ser possível aliviar os sintomas. Nesse meio tempo, aumentar a conscientização e compreensão a respeito da condição ajuda aqueles para quem reconhecer os outros continua a ser um desafio diário. [Medical XpressThe Conversation]
Hypescience

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Será que existe diferença entre os cérebros de homens e mulheres?

Sem dúvidas, você já ouviu muito a frase “Os homens são de Marte, as mulheres são de Vênus”, para explicar e difundir a ideia de que os dois sexos têm características e comportamentos diferentes. Existem escolas apenas para meninos ou apenas para meninas, brinquedos separados para cada gênero, além de tratamentos voltados à cada grupo específico. Mas uma nova pesquisa indica que as diferenças entre os cérebros de homens e mulheres são muito pequenas. A descoberta pode mudar a forma como os cientistas estudam o órgão e até mesmo como a sociedade define os gêneros.
Durante o século 19, pesquisadores afirmavam que era possível distinguir o sexo de um indivíduo apenas observando o seu cérebro. Mas um novo estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, descobriu que os cérebros humanos não se dividem perfeitamente em categorias “feminino” e “masculino”.
Durante a pesquisa, os cientistas mapearam imagens dos cérebros e começaram a procurar diferenças entre os sexos. Algumas disparidades pequenas foram relatadas: por exemplo, nos homens, a amígdala – parte do sistema límbico e importante centro regulador do comportamento sexual, dos sentimentos e da agressividade – é maior do que nas mulheres.
A líder do projeto, Daphna Joel, neurocientista comportamental, utilizou conjuntos existentes de imagens de cérebros para medir o volume de matéria cinzenta (tecido nodoso que contém o núcleo de células nervosas) e matéria branca (feixes de fibras nervosas que transmitem sinais ao redor do sistema nervoso) no cérebro de mais de 1,4 mil indivíduos.  
Outra descoberta importante é que o hipocampo esquerdo, uma área do cérebro associada com a memória, é geralmente maior em homens do que em mulheres. Em cada região, no entanto, houve sobreposição significativa entre homens e mulheres: algumas mulheres tinham um hipocampo de maiores dimensões, por exemplo, enquanto o hipocampo de certos homens era menor do que o da média do sexo feminino.
Para explicar essa sobreposição, os pesquisadores criaram um “contínuo” de “feminilidade” e outro de “masculinidade”. A zona de extremidade masculinacontinha características mais típicas dos homens, e a zona de extremidade feminina agrupava a versão das mesmas estruturas mais frequentemente observadas em mulheres. Em seguida, a equipe marcou cada região por indivíduo, para descobrir onde eles se encontravam naquele contínuo macho-fêmea.
A maioria dos cérebros eram um mosaico de estruturas masculinas e femininas: entre 23% e 53% dos cérebros continham uma mistura de todas as regiões. Poucos cérebros, entre 0% e 8%, tinham todas as estruturas do sexo masculino ou do sexo feminino.
Então, como explicar a ideia de que homens e mulheres parecem se comportar de forma diferente? Isso também pode ser um mito, diz Joel. Sua equipe analisou dois grandes conjuntos de dados que avaliaram as atitudes e reações estereotipadas dos gêneros. Os indivíduos eram igualmente variáveis: apenas 0,1% dos indivíduos exibia apenas comportamentos estereotipados como femininos ou masculinos. Assim, “não há nenhum sentido em falar sobre a natureza do sexo masculino ou natureza feminina”, diz Joel.
Os resultados têm implicações amplas. Por um lado, ela afirma que os pesquisadores que estudam o cérebro podem não precisar mais comparar machos e fêmeas ao analisar seus dados. Por outro lado, diz ela, a extrema variabilidade dos cérebros humanos debilita as justificativas para a educação sexualmente segregada com base nas diferenças inatas entre homens e mulheres, e até mesmo as nossas definições de gênero como categoria social.
O trabalho “contribui de forma importante para a conversa”, diz Margaret McCarthy, uma neurofarmacologista da Universidade de Maryland, em Baltimore, que estuda preconceitos de gênero em doenças neurológicas e mentais. Mas ela discorda de que pode não ser útil considerar o sexo como uma variável quando se estuda o cérebro, já que, por exemplo, os homens têm cinco vezes mais chances de desenvolver autismo, e as mulheres são duas vezes mais propensas a sofrer de depressão.
Fonte: Fatos Desconhecidos

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Uhu! Cientista descobre como melhorar sua memória em apenas 40 segundos

Quem não quer ter uma boa memória? Independente dos motivos, é sempre bom conseguir se lembrar de fatos e situações importantes – quem fez o Enem e está se preparando para o vestibular que o diga. Se você também se preocupa com a sua capacidade de se lembrar das coisas, nós temos uma boa notícia: o neurocientista Chris Bird, da Universidade de Sussex, conseguiu descobrir uma técnica eficiente e rápida.
As conclusões do estudo de Bird foram publicadas em novembro e já estão sendo comentadas por pessoas de todo o mundo. O motivo? Basicamente, o cara desenvolveu um exercício simples e rápido para melhorar a qualidade da memória das pessoas. E quando dizemos rápido, nós queremos dizer menos de 1 minuto.
De acordo com Bird, você só precisa ficar pensando em uma cena recente durante 40 míseros segundos. Quando precisar se lembrar dela no futuro, o trabalho vai ser bem mais fácil. Que beleza, hein!

Para comprovar seu método, Bird e sua equipe contaram com dois grupos de estudantes. Enquanto tinham suas atividades cerebrais monitoradas, eles assistiram a diversos vídeos do YouTube – o primeiro grupo tinha 40 segundos para pensar a respeito de cada vídeo, enquanto o segundo grupo não teve esse tempo.
Adivinha só qual dos grupos se saiu melhor na hora de lembrar as cenas assistidas ao longo do teste? O primeiro, é claro! De acordo com Bird, além da melhora prática de desempenho, a análise das atividades cerebrais dos estudantes também mostrou grandes diferenças.
Para completar a pesquisa, uma semana depois do primeiro teste, os dois grupos voltaram a comentar a respeito dos vídeos a que haviam assistido e, de novo, a galera do primeiro grupo se destacou – mais especificamente, tiveram um desempenho de memória duas vezes melhor em relação ao segundo grupo.
Só para você ter ideia, mesmo depois de uma semana da atividade inicial, os cérebros dos alunos do primeiro grupo trabalharam quase na mesma intensidade do momento em que viram os vídeos pela primeira vez.
A conclusão? Bem... Se a ideia é guardar uma coisa em sua memória por mais tempo e conseguir se lembrar dessa informação com mais facilidade, o jeito é começar a pensar sobre ela durante 40 segundos. Taí uma coisa que não custa tentar, não é mesmo?
Fonte: Fatos Desconhecidos

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Novo tratamento, faz celulas cancerigenas explodirem

Créditos da imagem: http://bionews-tx.com/news/2013/10/11/cancer-genome-atlas-identifies-new-gene-mutations-related-to-glioblastoma-multiforme/

Créditos da imagem: Cell, Ernfors and colaboradores
VACQUINOL ESTIMULA A MORTE PELA QUEBRA DA MEMBRANA, ARREDONDAMENTO CELULAR, MASSIVA MACROPINOCÍTICA ACUMULAÇÃO DE VACÚOLOS, DEPLEÇÃO DE ATP, E RUPTURA DA MEMBRANA DOS GCS.  (KITAMBI ET AL., 2014)


Pesquisadores do Karolinska Institutet na Suécia descobriram que a substância chamada Vacquinol-1 faz as células de glioblastoma, o tipo de tumor cerebral mais agressivo, literalmente explodem. Quando ratos receberam a substância, que pode ser dada em forma de tablete, o crescimento do tumor foi revertido e a sobrevivência prolongada. A descoberta foi publicada na Revista Cell.
O tratamento estabelecido que está liberado para glioblastoma inclui cirurgia, radiação e quimioterapia. Porém mesmo esses tradamentos  dão em média apenas mais 15 meses de vida. É portanto essencial encontrar um melhor tratamento para tumores cerebrais malignos.
Pesquisadores do Karolinska Institutet e colegas da Uppsala University descobriram um novo mecanismo para matar as células cancerígenas de glioblastoma. Os pesquisadores em um estágio inicial colocaram em contato células do tumor à uma grande gama de moléculas. Se as células do câncer morressem, as moléculas seriam de interesse para mais estudos. As células foram expostas inicialmente a 200 tipos de moléculas. Seguindo grandes estudos, uma simples molécula foi identificada como sendo de particular interesse. Os pesquisadores queriam descobrir o porquê dela causar a morte das células cancerígenas.
Foi encontrada a molécula que deu às células de câncer uma incontrolada vacuolização, um processo na qual as células carregam substâncias de fora para o interior da célula. Esse processo de carreamento é feito via os vacúolos, quais podem  grosseiramente serem descritos como bolhas ou sacolas que consistem as membranas celulares. O processo é similar ao que estava por trás do Prêmio Nobel do último ano em fisiologia ou medicina, a descoberta que descreve como vesículas celulares movem coisas do interior da célula para a superfície.

Imagem do tumor
Crédito da imagem: http://neuropathology-web.org
Quando as células de câncer foram preenchidas com uma grande quantidade de vacuolos, as membranas celulares (a parede da célula, a grosso modo) colapsou e a célula simplesmente explode e fica necrosada.
“Esse é um mecanismo totalmente novo para o tratamento ao câncer. Uma possível medicina baseada no princípio que poderia, portanto, atacar o glioblastoma de um novo modo. Esse princípio pode também trabalhar para outros tipos de cânceres, nós não sabemos realmente explorar isso ainda,” diz Patrik Ernfors, professor de Histologia do departamento de Bioquímica Médica e Biofísica do Karolinska Institutet.
Pesquisadores fizeram com que ratos que tinham células de glioblastoma humano transplantadas ingerissem a substância por cinco dias.  A média de sobrevivência foi cerca de 30 dias para o grupo controle que não recebeu a substância. Os que receberam a substância seis de oito ratos ficaram vivos por 80 dias. O estudo foi então considerado de grande interesse que a revista científica quis publicar o artigo imediatamente.
“Agora nós queremos tentar pegar essa descoberta em pesquisa básica, através de desenvolvimento pré-clinico e de todos os caminhos até a clínica, a meta é entrar no ensaio clínico, fase 1 de testes,” disse Patrik Ernfors.
O estudo foi fomentado com o dinheiro do Swedish Research Council, Swedish Cancer Society , a Swedish Foundation for Strategic Research, Brain Foundation, Hållsten’s Research Foundation, Torsten Söderberg Foundation, e Wallenberg Scholar.
Artigo traduzido de: Karolinska Institutet. “New approach makes cancer cells explode.” ScienceDaily. ScienceDaily, 20 March 2014. <www.sciencedaily.com/releases/2014/03/140320121906.htm>.
Artigo de origem: Kitambi et al., Vulnerability of Glioblastoma Cells to Catastrophic Vacuolization and Death Induced by a Small Molecule, Cell (2014),http://dx.doi.org/10.1016/j.cell.2014.02.021
Para saber mais sobre o Glioblastoma: http://neuropathology-web.org/chapter7/chapter7bGliomas.html

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Rituais: como pequenos hábitos melhoram todos os aspectos da sua vida


Eric Barker, colunista na revista Time, escreve sobre psicologia e comportamento de uma maneira geral, sobre como rituais podem fazer bem.
Barker explica que todos os rituais recomendados para uma manhã mais produtiva e, consequentemente, um dia melhor, poderiam ser resumidos em apenas um: ter rituais.

Calma, que a gente explica

Dizer que o principal ritual é ter um ritual é meio confuso, a gente entende. A questão aqui é que, cientificamente falando, apenas ter um ritual já é o que basta. Segundo Barker, quanto mais personalizado for esse ritual e quanto mais frequente ele for em sua vida, mais positivos serão os efeitos dele.
Logicamente, nossos dias são diferentes e têm momentos e tarefas diferentes, e o que parece ser fundamental mesmo é esse ritual pessoal que fazemos antes de tudo: vale banho, café com jornal, meditação, oração, suco de laranja, música clássica, yoga.
Para trazer esse tipo de informação, Barker conversou com a professora de Harvard Francesca Gino, que escreveu um livro sobre o assunto, e as dicas dadas por ela parecem ser realmente interessantes.
Gino explica que rituais nos fazem aproveitar melhor as experiências. No caso da comida, quando aproveitamos o momento do preparo do alimento, ele fica mais saboroso – quem nunca ouviu a mãe dizendo que a comida ficou boa porque ela colocou “amor” que atire a primeira pedra. Dedicar um tempo para saborear os momentos felizes da sua vida é uma forma, cientificamente comprovada, de melhorar o seu humor.
A autora conta também que alguns rituais são comprovadamente benéficos para a nossa saúde física e mental: quando a família segue algum tipo de ritual, as crianças tendem a ter menos problemas respiratórios e uma saúde melhor, de um modo geral. Como se não bastasse, elas têm um desempenho melhor na escola também.
“Em famílias com rituais fortes, os adolescentes têm um senso maior a respeito de si mesmos, os casais vivem casamentos mais felizes e as crianças têm uma interação melhor com seus avós”, explica a autora.
Para descobrir que ritual é bom de se ter em família, Barker conversou com Bruce Feiler, autor de um best-seller sobre o assunto. Em seu livro, Feiler conta que, quando as pessoas de uma família jantam reunidas, as crianças dessa família têm menos chances de virem a beber, fumar, usar drogas, cometer suicídios e desenvolver distúrbios alimentares.
Um estudo complexo sobre o assunto, realizado pela Universidade de Michigan entre os anos de 1981 e 1997, revelou que a quantidade de tempo que as crianças passavam comendo em casa era o fator que mais influenciava a vida acadêmica dessas crianças, que apresentavam também menos problemas de comportamento. O tempo passado com a família, especialmente durante as refeições, foi o fator mais importante de desenvolvimento, ficando acima de estudar, praticar esportes e de participar de atividades religiosas.
Com relação a relacionamentos amorosos, pode comemorar: rituais fazem bem a eles também. Nesse sentido, o bom é ter sempre um momento para trocar boas notícias com a pessoa que você ama. E vale para outros relacionamentos que não sejam amorosos também: “Quando você ou seu esposo ou primo ou melhor amigo conquista alguma coisa, parabenize-o (e a você mesmo) e celebre. Tente aproveitar a ocasião ao máximo”, aconselha a publicação.
É importante também saber receber boas notícias: quando a pessoa que você ama conta algo de fenomenal que aconteceu na vida dela, demonstre que você também está feliz. De acordo com o expert em relacionamentos, John Gottman, essa é uma das formas mais poderosas de demonstrar amor.

E quando as coisas não vão bem?

Fazer rituais quando tudo vai muito bem, obrigada, é fácil, mas e quando algum ente querido morreu ou quando um namoro de anos chega ao fim? De acordo com Gino, quando as pessoas experimentam uma perda importante, se elas se apegam a um ritual, elas se sentem menos em luto e menos tristes. Nesse sentido, os rituais trazem a sensação de controle e reduzem os níveis de raiva e tristeza.
Um ritual interessante para ser feito quando as coisas não vão bem é o da escrita. De acordo com o professor Jamie Pennebaker, há muitos estudos que comprovam que escrever em momentos de tristeza é um exercício que faz com que as pessoas se sintam melhores rapidamente.
Antes de momentos importantes, como uma apresentação na faculdade ou uma reunião de trabalho, ter um ritual é algo capaz de deixar a pessoa extremamente mais calma e confiante. Um ritual de respiração, por exemplo, seria uma ótima ideia.
O escritor Charles Duhigg afirma que criar rituais é fundamental até para quem quer deixar a procrastinação de lado. Ele explica que a reclamação maior dos procrastinadores é sempre com relação ao primeiro passo e, por isso, sugere que a pessoa que tem dificuldades de começar uma tarefa deve desenvolver um hábito que seja sempre repetido quando vai começar alguma coisa.
Ele explica que, cinco minutos antes de dar início à atividade, a pessoa deve fazer algo divertido – ouvir uma música, jogar video game ou ver vídeos de gatos no YouTube. Assim que o tempo acabar, ela precisa começar a fazer o que quer que tinha proposto. Basicamente, dessa forma o indivíduo está se permitindo procrastinar, mas apenas por alguns minutos.

Rituais ajudam no ambiente de trabalho?

Ajudam, é claro! Barker exemplifica essa questão falando a respeito dos rituais de alguns jogadores que fazem questão de usar sempre a mesma meia. No final das contas, isso funciona! Gino explica que pesquisas realizadas com jogadores que têm rituais comprovaram que isso os deixa mais confiantes e positivistas em campo.
“Pequenos rituais não apenas melhoram a sua habilidade, eles podem também deixar você mais criativo”, escreve Barker, para nossa alegria. Ele conta a respeito de um estudo realizado em 2008 pela Universidade de Toronto. Na ocasião, o pesquisador Chen-Bo Zhong descobriu que realizar pequenas atividades como caminhar, lavar louça ou tirar um cochilo é algo que nos permite acessar informações extras em nosso cérebro.
Nesse sentido, a dica é manter rituais que você sempre achou que faziam bem de alguma maneira e adotar novos rituais, mesmo que isso pareça uma atividade boba. Quando algo simples e não prejudicial deixa você mais confiante, não tem por que não tentar, não é mesmo?

Fonte: Fatos Desconhecidos.