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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Filhos malcriados! O problema pode ser com os pais?


Quando o problema dos filhos problemáticos pode ser os pais com problemas

Muitas vezes o que está por trás de crianças irritadas e mal-criadas não é explicado por nenhuma teoria, mas por graves problemas paternos. A sabedoria popular diz que as crianças são esponjas, que captam o que os pais estão sentindo. Se isso ocorre com o estresse do dia-a-dia, imagine o estrago que pai ou mãe com depressão podem fazer.

Ouvi na faculdade que quando há muitas explicações diferentes, provavelmente é porque nenhuma se provou definitiva. Tendo a concordar.
Tome a relação entre pais e filhos. A quantidade de teorias, escolas psicológicas, modelos animais, hipóteses antropológicas que existem sobre o tema não caberia numa biblioteca inteira. (Só como curiosidade busquei no Google a expressão relação entre pais e filhos, encontrando 25 milhões de resultados). Diante do mesmo fato há dezenas, senão centenas de explicações possíveis dependendo da teoria que se queira adotar. (Talvez sejam milhões, a julgar por minha breve pesquisa).
Certa vez fui procurado por uma pessoa, dizendo que seu filho pré-escolar estava muito bravo com ela, a ponto de querer vê-la desaparecer. Sempre fora uma criança tranquila, mas há tempos vinha assim, hostil. Mudo os detalhes para guardar o sigilo, mas a essência está mantida. A consulta era uma tentativa de entender o que estava se passando na cabeça da criança; quem sabe isso ajudaria. E agora? Quantos milhares de motivos, estudados por quantas centenas de teorias, explicam porque uma criança fica com raiva de um adulto? Haveria uma linha teórica que me daria a explicação para aquele caso?
Provavelmente motivado pelo que percebi no discurso e na expressão do adulto que me procurava, no entanto, encaminhei a conversa para si mesmo, em vez de me focar no filho. E ficou evidente que se tratava de uma pessoa com flagrante quadro depressivo, irritada, mau humorada, cansada, sem energia, sem alegria. Claro que tudo isso poderia ser consequência do desgaste na relação com a criança, mas apostamos juntos no contrário, e resolvemos tratar a depressão. Como num passe de mágica, conforme a saúde emocional foi restaurada a criança voltou ao seu padrão habitual de tranquilidade, afeto e apego. A irritação passou e a relação voltou ao normal. O problema não era a criança afinal, como muitos acadêmicos poderiam elucubrar.
Aprendi duas coisas com esse caso: em primeiro lugar, não existe teoria para tudo. A vida é muito mais complexa do que os livros, e a maioria dos fenômenos (humanos ou não) ainda não foi estudada pela ciência. Talvez nunca seja, mas mesmo assim eles estão ali, diante de nós, e precisam ser encarados. Em segundo lugar (não por acaso algo que não aprendi nos livros), um dos sintomas de depressão em quem tem filhos é a mudança de comportamento das crianças. A sabedoria popular diz mesmo que as crianças são esponjas, que captam o que os pais estão sentindo. Se isso ocorre com o estresse do dia-a-dia, imagine o estrago que pai ou mãe com depressão podem fazer. Desde então sempre pergunto para meus pacientes se eles notaram alteração no comportamento dos filhos durante a doença e depois da melhora. E todos contam a mesma história, de crianças que estavam arredias voltando a ser carinhosas.
Penso então que existe uma terceira lição, que vale para todos nós. Se nossos filhos estão muito mal-criados, briguentos ou problemáticos, antes de achar que isso é um problema deles, vale a pena olhar para nós mesmos. Em grande medida os filhos são de fato nossos espelhos
Fonte: DANIEL MARTINS DE BARROS 24 Novembro 2015 | 10:02 - As informações e opiniões expressas neste blog são de responsabilidade única do autor.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Aos esquentadinhos: uma dica infalível para não sentir mais raiva


Fila de banco, salário atrasado, conta de energia elétrica, aquela pessoa insuportável do seu trabalho ou da sua turma da faculdade, brigas por pouca coisa no Facebook... Não faltam razões para sentirmos raiva, e você deve ter outros bons exemplos de situações que fazem até a mais zen das criaturas sentir o rosto quente, o coração acelerado e uma vontade praticamente incontrolável de sair gritando pelo mundo.
Acontece que o sentimento de raiva é uma grande cilada. Por mais que a sensação seja aparentemente libertadora, os efeitos da raiva são bastante prejudiciais para a nossa saúde mental e física, e o colunista Eric Barker, da revista Time, resolveu compilar algumas dicas com base em pesquisas neurocientíficas, para que possamos lidar melhor com a raiva que sentimos.

Engolir a raiva não é uma boa ideia

Sabe aquela pessoa que está visivelmente furiosa, cuspindo fogo, mas que se esforça ao máximo para poder dizer que está tudo bem? Não seja essa pessoa. Reprimir sentimentos, mesmo os negativos, nunca é uma boa ideia, no final das contas. A explicação para isso é bastante simples: quando lutamos contra algum sentimento, seja ele qual for, ele fica mais forte.
Barker conta sobre um estudo realizado com diversos voluntários. Enquanto alguns deles foram informados de um acontecimento infeliz e, em seguida, instruídos a não ficarem tristes com isso, outros apenas foram informados sobre a tragédia. Sabe qual grupo de pessoas se sentiu pior? Aquele que foi instruído a não ficar triste.
Outro estudo envolveu pacientes que tinham crises de pânico: eles foram divididos também em dois grupos – um ouvia áudios de relaxamento e o outro, áudios com outros conteúdos que não falavam sobre relaxar. No final das contas, o grupo que ouviu os áudios de relaxamento ficou mais ansioso do que o outro grupo. A conclusão do estudo sugere que pessoas que fazem esforço para evitar a dor são as que demoram mais para, de fato, deixar de sentir a dor.
Para entender melhor, é só perceber que o que traz mais alívio não é segurar o choro, mas chorar de uma vez. O mesmo acontece com a raiva: tentar reprimir esse sentimento vai fazer com que seu cérebro faça uma confusão de sentimentos ruins.
O que é bastante curioso também nesse sentido é que algumas pesquisas comportamentais já mostraram que “engolir” a raiva não apenas faz mal à pessoa que está tentando não ter esse sentimento, mas afeta a forma como aqueles ao redor dela a enxergam. Suprimir a raiva faz com que as outras pessoas gostem menos de você.
Tudo o que falamos até aqui ainda não é suficiente? Então saiba que lutar contra seus sentimentos é algo que usa muito a sua força de vontade. Depois disso, é bem possível que você tome atitudes das quais venha a se arrepender no futuro. E aí você talvez esteja pensando que a forma ideal de lidar com o sentimento de raiva seja descarregá-la de alguma forma, certo? Errado.

Descarregar a raiva também não é uma boa ideia

Não interessa se você é do tipo que dá um milhão de socos no travesseiro ou se desconta toda a sua raiva no seu melhor amigo. Isso não é nunca uma boa ideia. Assim como a supressão do sentimento, o extravasar dele também só o deixa mais intenso.
A questão aqui tem a ver com a ideia de que extravasar é estar completamente focado em uma emoção negativa, o que, logicamente, só deixa essa emoção maior. Pois é: sentir raiva é realmente uma cilada.
O que funciona mesmo é buscar algum tipo de distração. Pense assim: seu cérebro tem recursos limitados e consegue se concentrar totalmente bem em apenas uma tarefa de cada vez. Focar sua atenção em outras coisas vai dar menos espaço para que seu cérebro fique remoendo coisas ruins. Nesse sentido, aposte em joguinhos, problemas de matemática, leituras de quadrinhos e qualquer coisa que tire a sua atenção daquilo que despertou a sua ira.
Existe um teste famoso, que avaliou a capacidade de resistência de algumas crianças. Elas ficavam em uma sala com um marshmallow, e se aguentassem ficar sem comê-lo, ganhariam outro doce como recompensa. Adivinha só? As crianças que esperaram foram as que tiveram as melhores notas na escola e mais sucesso em suas vidas adultas.
Um dos responsáveis pelo estudo, Walter Mischel, explica que as crianças que resistiram à tentação do marshmallow foram estimuladas a se distraírem. Não foi, portanto, uma resistência com base apenas em aspectos de força de vontade – pelo contrário: elas cantaram musiquinhas, fizeram caretas, brincaram com o que tinha no ambiente e resistiram ao doce simplesmente porque esqueceram que ele estava ali.
Em alguns momentos, no entanto, é difícil distrair a atenção da raiva e focar em outra coisa, especialmente se essa raiva tem a ver com outra pessoa, se ela é provocada por alguma discussão ou algo do gênero. E aí entra outra chave importante dessa questão: a reavaliação.

Reavaliação?

Exatamente. Imagine que alguém está gritando com você, apontando o dedo para a sua cara e dizendo coisas absurdas a seu respeito. O primeiro impulso, naturalmente, é reagir na defensiva, com os nervos à flor da pele.
E se essa pessoa que está gritando com você tiver acabado de perder a mãe em um acidente de carro? E se ela estiver com problemas sérios em casa, devido à doença grave do filho? Não só é possível que você sinta menos raiva dela como é até bem provável que você tenha compaixão dessa mesma pessoa.
A situação de conflito é a mesma. A pessoa é a mesma que está gritando com você e, ainda assim, sua reação diante dela pode ter mudado. O pesquisador Albert Ellis, que uma vez falou que não nos frustramos pelo que acontece, mas por causa do que acreditamos, pode explicar bem por que essa mudança ocorre.
Pesquisas nessa área chegaram à conclusão de que uma boa forma de lidar com alguém que age com agressividade é pensar: “isso não tem nada a ver comigo, essa pessoa deve estar em um dia ruim”. Barker resume essa questão de uma forma bastante interessante e lógica: “Quando você muda suas crenças com relação a uma situação, seu cérebro muda as emoções que você sente”. Se pensarmos bem, é possível usar essa lógica em outras áreas da nossa vida, e não apenas nas que têm relação com o sentimento de raiva.
Em um experimento de reavaliação, um grupo de participantes viu fotos de pessoas chorando ao lado de fora de uma igreja, o que obviamente traz a ideia de que algo triste aconteceu. Em seguida, eles foram orientados a imaginar que, na verdade, as pessoas daquela foto estavam chorando de emoção depois de acompanhar uma cerimônia de casamento. No momento em que os participantes reavaliaram a situação, as emoções que eles sentiam também mudaram.
Já que nossas emoções estão diretamente ligadas à percepção do mundo e das pessoas ao nosso redor, mudar essa percepção é uma forma de mudar nossas respostas emocionais. Essa questão da reavaliação, que nada mais é do que buscar enxergar coisas, diálogos e situações a partir de outros pontos de vista, é um exercício ótimo também para quem tem problemas relacionados à ansiedade.
Todo esse mecanismo vem sendo estudado e confirmado por cientistas comportamentais de todo o mundo. Eles já conseguiram comprovar que há mudança de atividade cerebral em indivíduos que reavaliam suas posturas diante de estímulos negativos. Por meio de exames de ressonância magnética funcional é que se consegue mapear as mudanças nas atividades cerebrais desses indivíduos.
Já se sabe, também, que pessoas que conseguem fazer esse exercício de reavaliar situações costumam ter relações mais estreitas com seus amigos, falam melhor sobre as próprias emoções e, inclusive, têm relacionamentos amorosos de melhor qualidade.
A reavaliação é comprovadamente um meio de melhorar sua força de vontade, de diminuir as chances de tomar atitudes erradas que possam provocar arrependimentos futuros e, inclusive, de se comportar de forma mais bem adequada em momentos de tensão.
A verdade é que fazemos reavaliações o tempo todo, mas geralmente na direção errada. Quando alguém age com agressividade, tendemos a pensar que essa pessoa está querendo nos atingir e, bem, na maioria das vezes, o problema não tem nada a ver conosco. Pensar dessa forma é até um pouco libertador, você não concorda?
Fonte: Fatos Desconhecidos

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

6 dicas cientificamente comprovadas para que você tenha um dia melhor


As coisas andam difíceis para todo mundo, e às vezes tudo o que você mais deseja é simplesmente ter um dia bom, sem muita angústia, ansiedade, preocupação e tantos outros sentimentos que só nos fazem mal, no final das contas. O Up Worthy publicou uma série de dicas que prometem deixar o seu dia muito melhor, e todas elas têm comprovação científica. Depois de conferir estes conselhos, nos responda: será que não vale a pena começar a colocá-los em prática?

1 – O poder da respiração profunda

Você nem se dá conta, mas, quando o estresse chega, a respiração muda: fica mais curta e mais rápida, o que interfere em seu ritmo cardíaco e, consequentemente, na forma como você se sente. Para mudar a situação, é simples: respirar profundamente, enchendo bem os pulmões de ar.
A dica é inspirar o máximo possível, enquanto você estiver se sentindo confortável, contar até cinco e soltar o ar, com calma, enquanto conta até cinco novamente – esse exercício diminui sua pressão arterial. Nesta publicação, ensinamos uma técnica de respiração que promete fazer com que uma pessoa relaxe e/ou durma em pouco tempo.

2 – Deixe a musculatura relaxada

Outro sinal típico de estresse é a tensão muscular, que acontece porque, de novo sem nos darmos conta, enrijecemos nossos músculos, como se estivéssemos constantemente na defensiva. Adivinha só? Isso também faz com que você se sinta mal e, inclusive, fique com dores pelo corpo.
A dica aqui é, de tempos em tempos, contrair e descontrair todos os músculos que você conseguir. Vale desde abrir e fechar as mãos algumas vezes até mexer o rosto, como se estivesse sorrindo e franzindo a testa em seguida. Essa técnica simples de relaxamento diminui o estresse e melhora o humor.

3 – Dê uma chance à música clássica

Já é cientificamente provado que músicas clássicas e em ritmos mais lentos, de uma maneira geral, têm o poder de reduzir os níveis de estresse e, inclusive,melhorar a saúde do coração em longo prazo. Não que você não tenha percebido ainda que a música só faz bem, mas talvez agora esteja na hora de você dar uma chance a outros estilos de vez em quando. 

4 – Faça um passeio

Que praticar exercícios físicos faz bem à saúde, todo mundo sabe, e ainda que frequentar uma academia seja interessante, fazer pequenas caminhadas também é sempre uma boa ideia, especialmente se for em um lugar com árvores e outros elementos da natureza. Essa tarefa é capaz de reduzir os níveis do hormônio cortisol, que é conhecido por provocar o estresse. Isso também vale para a prática de movimentos de meditação, como os do tai chi.

5 – Comece a ler um novo livro

Ler é sempre uma boa coisa e, além de ser uma atividade capaz de melhorar seu vocabulário, sua criatividade e sua cultura, é também uma forma de deixar mente e corpo relaxados. Se o dia não for dos melhores, pegue aquele livro que você comprou/ganhou, mas ainda não leu, e dê uma chance a ele.
Vale tudo: de Machado de Assis a Lena Dunham; de Clarice Lispector a Charles Bukowski. Vale história em quadrinho, biografia, policial, crônica, poesia. O que importa, sempre, é ter alguma coisa para ler.

6 – Faça as pazes com o seu estresse

O estresse não precisa, necessariamente, ser visto como um vilão em tempo integral. Em vez disso, enxergá-lo como uma espécie de anti-herói já vai ajudar bastante. Um estudo recente, promovido por pesquisadores da Universidade de Harvard, mostrou que indivíduos que receberam dicas sobre como usar o estresse a seu favor demonstraram menos ansiedade e nervosismo quando precisaram realizar tarefas difíceis. Fisicamente falando, seus vasos sanguíneos ficaram mais relaxados, o que é um indicativo bom de saúde.
Para que isso aconteça, é fundamental tentar ter autocontrole diante de situações ruins. Basicamente, significa ter a noção de que o momento não é dos melhores, de que aquele seu colega de trabalho é realmente sem noção ou de que o seu projeto não foi aceito como você gostaria. Dessa forma, você consegue encarar a situação que te tira do sério e, a partir daí, pensar em uma forma de resolver os problemas. Entrar em desespero, quebrar tudo, perder a cabeça, xingar muito e tomar atitudes precipitadas nunca vale a pena.

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Se mesmo depois de tentar muito você sente que não está dando conta do recado, procure ajuda médica e/ou psicológica. Um profissional adequado vai saber conduzir o seu caso com a atenção necessária.

Fonte: Fatos Desconhecidos