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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Rituais: como pequenos hábitos melhoram todos os aspectos da sua vida


Eric Barker, colunista na revista Time, escreve sobre psicologia e comportamento de uma maneira geral, sobre como rituais podem fazer bem.
Barker explica que todos os rituais recomendados para uma manhã mais produtiva e, consequentemente, um dia melhor, poderiam ser resumidos em apenas um: ter rituais.

Calma, que a gente explica

Dizer que o principal ritual é ter um ritual é meio confuso, a gente entende. A questão aqui é que, cientificamente falando, apenas ter um ritual já é o que basta. Segundo Barker, quanto mais personalizado for esse ritual e quanto mais frequente ele for em sua vida, mais positivos serão os efeitos dele.
Logicamente, nossos dias são diferentes e têm momentos e tarefas diferentes, e o que parece ser fundamental mesmo é esse ritual pessoal que fazemos antes de tudo: vale banho, café com jornal, meditação, oração, suco de laranja, música clássica, yoga.
Para trazer esse tipo de informação, Barker conversou com a professora de Harvard Francesca Gino, que escreveu um livro sobre o assunto, e as dicas dadas por ela parecem ser realmente interessantes.
Gino explica que rituais nos fazem aproveitar melhor as experiências. No caso da comida, quando aproveitamos o momento do preparo do alimento, ele fica mais saboroso – quem nunca ouviu a mãe dizendo que a comida ficou boa porque ela colocou “amor” que atire a primeira pedra. Dedicar um tempo para saborear os momentos felizes da sua vida é uma forma, cientificamente comprovada, de melhorar o seu humor.
A autora conta também que alguns rituais são comprovadamente benéficos para a nossa saúde física e mental: quando a família segue algum tipo de ritual, as crianças tendem a ter menos problemas respiratórios e uma saúde melhor, de um modo geral. Como se não bastasse, elas têm um desempenho melhor na escola também.
“Em famílias com rituais fortes, os adolescentes têm um senso maior a respeito de si mesmos, os casais vivem casamentos mais felizes e as crianças têm uma interação melhor com seus avós”, explica a autora.
Para descobrir que ritual é bom de se ter em família, Barker conversou com Bruce Feiler, autor de um best-seller sobre o assunto. Em seu livro, Feiler conta que, quando as pessoas de uma família jantam reunidas, as crianças dessa família têm menos chances de virem a beber, fumar, usar drogas, cometer suicídios e desenvolver distúrbios alimentares.
Um estudo complexo sobre o assunto, realizado pela Universidade de Michigan entre os anos de 1981 e 1997, revelou que a quantidade de tempo que as crianças passavam comendo em casa era o fator que mais influenciava a vida acadêmica dessas crianças, que apresentavam também menos problemas de comportamento. O tempo passado com a família, especialmente durante as refeições, foi o fator mais importante de desenvolvimento, ficando acima de estudar, praticar esportes e de participar de atividades religiosas.
Com relação a relacionamentos amorosos, pode comemorar: rituais fazem bem a eles também. Nesse sentido, o bom é ter sempre um momento para trocar boas notícias com a pessoa que você ama. E vale para outros relacionamentos que não sejam amorosos também: “Quando você ou seu esposo ou primo ou melhor amigo conquista alguma coisa, parabenize-o (e a você mesmo) e celebre. Tente aproveitar a ocasião ao máximo”, aconselha a publicação.
É importante também saber receber boas notícias: quando a pessoa que você ama conta algo de fenomenal que aconteceu na vida dela, demonstre que você também está feliz. De acordo com o expert em relacionamentos, John Gottman, essa é uma das formas mais poderosas de demonstrar amor.

E quando as coisas não vão bem?

Fazer rituais quando tudo vai muito bem, obrigada, é fácil, mas e quando algum ente querido morreu ou quando um namoro de anos chega ao fim? De acordo com Gino, quando as pessoas experimentam uma perda importante, se elas se apegam a um ritual, elas se sentem menos em luto e menos tristes. Nesse sentido, os rituais trazem a sensação de controle e reduzem os níveis de raiva e tristeza.
Um ritual interessante para ser feito quando as coisas não vão bem é o da escrita. De acordo com o professor Jamie Pennebaker, há muitos estudos que comprovam que escrever em momentos de tristeza é um exercício que faz com que as pessoas se sintam melhores rapidamente.
Antes de momentos importantes, como uma apresentação na faculdade ou uma reunião de trabalho, ter um ritual é algo capaz de deixar a pessoa extremamente mais calma e confiante. Um ritual de respiração, por exemplo, seria uma ótima ideia.
O escritor Charles Duhigg afirma que criar rituais é fundamental até para quem quer deixar a procrastinação de lado. Ele explica que a reclamação maior dos procrastinadores é sempre com relação ao primeiro passo e, por isso, sugere que a pessoa que tem dificuldades de começar uma tarefa deve desenvolver um hábito que seja sempre repetido quando vai começar alguma coisa.
Ele explica que, cinco minutos antes de dar início à atividade, a pessoa deve fazer algo divertido – ouvir uma música, jogar video game ou ver vídeos de gatos no YouTube. Assim que o tempo acabar, ela precisa começar a fazer o que quer que tinha proposto. Basicamente, dessa forma o indivíduo está se permitindo procrastinar, mas apenas por alguns minutos.

Rituais ajudam no ambiente de trabalho?

Ajudam, é claro! Barker exemplifica essa questão falando a respeito dos rituais de alguns jogadores que fazem questão de usar sempre a mesma meia. No final das contas, isso funciona! Gino explica que pesquisas realizadas com jogadores que têm rituais comprovaram que isso os deixa mais confiantes e positivistas em campo.
“Pequenos rituais não apenas melhoram a sua habilidade, eles podem também deixar você mais criativo”, escreve Barker, para nossa alegria. Ele conta a respeito de um estudo realizado em 2008 pela Universidade de Toronto. Na ocasião, o pesquisador Chen-Bo Zhong descobriu que realizar pequenas atividades como caminhar, lavar louça ou tirar um cochilo é algo que nos permite acessar informações extras em nosso cérebro.
Nesse sentido, a dica é manter rituais que você sempre achou que faziam bem de alguma maneira e adotar novos rituais, mesmo que isso pareça uma atividade boba. Quando algo simples e não prejudicial deixa você mais confiante, não tem por que não tentar, não é mesmo?

Fonte: Fatos Desconhecidos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Macho, mas por pouco tempo: alguns peixes mudam de sexo


Marco Chiaretti
Um peixe-palhaço, do gênero Amphiprion, é macho, mas só por tempo limitado. Sua missão natural é crescer — ele mede oito centímetros — e virar fêmea. Dez por cento das espécies de peixes trocam de sexo uma vez na vida. Passam de macho a fêmea ou vice-versa, em um processo que leva algumas semanas para se completar. A inversão ocorre quando a proporção entre os dois sexos sofre algum desequilíbrio. Com ela, a espécie se defende. Aumentam as chances de ocorrer encontros reprodutivos bem sucedidos.
Na maior parte dos vertebrados, os indivíduos são machos ou fêmeas toda a vida. A informação sobre sua sexualidade, inscrita nos genes, não admite mudanças. Os cientistas deram um nome estranho a isso: gonocorismo.
O ser humano é gonocórico, assim como a maior parte das espécies de peixes. Para as outras espécies, a natureza reservou um menu variado de formas reprodutivas, entre elas a inversão sexual, a capacidade de trocar de sexo a partir de estímulos do ambiente. As estratégias alternativas ajudam a equilibrar a proporção entre os sexos em determinado grupo, facilitando a reprodução.
Dez por cento das espécies de peixes mudam de sexo. Os peixes transexuais dividem-se em dois grupos.
No primeiro deles, os peixes são chamados transexuais protândricos. Quando jovens, têm glândulas sexuais potencialmente capazes de produzir óvulos e espermatozóides. Quando atingem o estágio de pré-adultos, tornam-se machos sexualmente ativos.
Parte desses machos, os mais agressivos, vão desenvolver mais tarde a área feminina de suas glândulas sexuais. Não produzirão mais espermatozóides e se tornarão adultos completos. Todos os outros peixes do grupo terão seu crescimento sexual inibido.
Os cientistas estudaram peixes do gênero Amphiprion em que o processo de inibição sexual é bem visível.
O segundo grupo é chamado de protogínico. Reúne 90% dos peixes que trocam de sexo. Nesse grupo, os peixes têm ovários em sua primeira fase; as glândulas transformam-se em testículos na segunda fase. A inversão só acontece uma vez e não se realiza sempre. Somente 15% dos peixes mudam de sexo.
Algumas espécies são ao mesmo tempo transexuais e gonocóricas: incluem indivíduos que são sempre machos (ou fêmeas) e indivíduos capazes de trocar de sexo. Essas espécies são chamadas de diândricas.
A chave para entender a inversão sexual é a proporção entre os sexos em determinado grupo. A inversão é uma estratégia que permite equilibrar essa proporção rapidamente.
Se, em um cardume, houver uma queda acentuada do número de machos, por exemplo, e a espécie não for capaz de trocar de sexo, o cardume perderá um bom tempo mudando de lugar, em busca de outros machos. Nas espécies transexuais, parte do cardume inverte o sexo, e o problema se resolve.
Por que acontece a inversão? “Por uma série de fatores relacionados com o meio ambiente e com a bagagem genética da espécie”, diz o professor Robert Betito, da Universidade de Rio Grande, RS. O gatilho da inversão, diz ele, é acionado sempre que o peixe passa por uma série de encontros sexuais mal-sucedidos. Por exemplo, um macho encontra outro animal da mesma espécie e começa o ritual sexual. Só que o outro peixe também é macho. Sem resposta, o primeiro macho vai embora.
Isso acontece porque muitas espécies não têm uma diferenciação visível entre os dois sexos. Quando em um cardume ou um grupo, há um desequilíbrio na proporção entre os dois sexos, com falta de machos ou fêmeas, os peixes começam a se sentir “sexualmente frustrados”.
O norte-americano John Goodwin publicou em 1990 um estudo sobre a espécie Amphiprion melanopus. Segundo ele, dez dias depois do começo da mudança de macho para fêmea, as glândulas sexuais dos animais estudados ainda produziam espermatozóides, mas já apresentavam mudanças. No 20º- dia, praticamente só havia produção de óvulos. A partir do 45º- dia, a mudança no tamanho e no padrão de cores já estava completa. Outras espécies demoram até 100 dias para completar a inversão.
As pesquisas sobre inversão sexual entre os peixes começaram há vinte anos. Elas mostram que o fenômeno ocorre muito em lugares de águas quentes e rasas, como o Mar Vermelho, o Oceano Índico ou certas regiões do Pacífico.
No Brasil, em certos pontos do litoral do Rio de Janeiro e do Nordeste, também há várias espécies que invertem o sexo. No Rio Grande do Sul, embora a água não permaneça quente durante um período muito longo do ano, há peixes transexuais, entre eles o pargo rosa.
Alguns gêneros, como o Amphiprion, chamado peixe-palhaço por suas cores, ou peixe-anêmona, por causa de sua relação com quase 800 espécies de anêmonas, são quase totalmente transexuais.
Os Amphiprion são peixes pequenos. As fêmeas da espécie Bicinctus, por exemplo, têm 13 centímetros e pesam 46 gramas; os machos medem 11 centímetros e 28 gramas.
Há 26 espécies de Amphiprion espalhadas entre as regiões de águas quentes do planeta. Os peixes protegem-se do ataque dos predadores escondendo-se entre os tentáculos venenosos das anêmonas. Eles não nascem imunizados contra o veneno. Adquirem a imunização pouco a pouco, passando entre os tentáculos e cobrindo-se com um muco que as anêmonas produzem para que um tentáculo não envenene o outro.
Os Amphiprion não vivem em cardumes, mas em “famílias”, com um macho ou uma fêmea dominante (depende da espécie). Têm faixas coloridas e muito marcantes. Isso serve de proteção, já que cria nos predadores uma espécie de memória visual. O predador sabe que junto ao peixe com aquele padrão de cores haverá uma anêmona. Quase sempre prefere tentar comer outra coisa.
Esta façanha é considerada a melhor da biologia, uma forma incrível de garantir sucesso na reprodução da espécie, algumas espécies de sapos também adquiriram esta habilidade.

Fonte: Super Interessante - Abril

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Projeção Astral: Viagens fora do corpo


Não são poucas as pessoas que relataram a sensação de se desprender do corpo durante o sono. Há quem acredite que Cientistas como Kepler, Einstein e Jung também teriam vivido essa experiência

Numa madrugada há pouco mais de 20 anos, o médico urologista carioca Luiz Otávio Zahar teve a sensação de acordar no meio da academia de ginástica que costumava freqüentar. As luzes estavam apagadas e não havia ninguém usando os aparelhos de musculação nem circulando pelos corredores. O médico percorreu o espaço de um lado para o outro, sentindo-se absolutamente consciente. Mas seu passeio noturno, segundo Zahar, tinha uma peculiaridade: ele via tudo do alto, como se estivesse suspenso, flutuando.

Não foi a primeira vez que Zahar experimentou aquela sensação. Desde a adolescência, sentia-se plenamente acordado no meio de algumas noites, circulando por lugares às vezes conhecidos, às vezes não. Descobriu que alguns davam a essa curiosa experiência o nome de projeção astral, outros de experiência extracorpórea, desdobramento ou projeção da consciência. Zahar acabou por acostumar-se e aceitar alguns desses diagnósticos, mas mantinha consigo uma dúvida secreta sobre a veracidade de suas sensações e visões.

Naquela madrugada na academia, porém, Zahar resolveu pôr à prova a tese de que realmente conseguia – como tantas outras pessoas dizem conseguir – sair do corpo, manter o estado de vigília e usar os sentidos para observar coisas concretas. “Eu não deixo de ser, fora do corpo, aquele médico cartesiano que sou, que quer comprovar as coisas. Pensei: ‘tenho de fazer alguma coisa para provar a mim mesmo essa experiência’. Então vi um parafuso esquecido no alto de uma máquina de exercício. Acordei e anotei”, conta. No dia seguinte, foi até a máquina. Para ver o que havia em cima dela, precisou subir em um banco. Do chão, era impossível enxergar. “Subi e vi o parafuso lá.”

Para a ciência convencional, a idéia de que podemos sair do corpo não apenas está longe de ser provada como soa absurda. Afinal, a ciência não acredita em “espíritos”. Não aceita a idéia de uma “essência” vivendo dentro do nosso corpo – portanto, não dá nem para imaginar que seja possível um se separar do outro. Segundo o modelo científico, somos nosso corpo: nossa essência, inseparável de nós, está dentro das nossas células, em especial nas do cérebro. Está justamente no cérebro a explicação dos cientistas para esse fenômeno – e ela é bem prosaica, quase decepcionante (veja no quadro à direita).

Há quem acredite, no entanto, que o ser humano seja capaz de se desprender do corpo durante o sono, de se deslocar através de paredes, de viajar distâncias a velocidades impensáveis, de interagir com outros que estão no mesmo estado ou mesmo com quem já morreu. Tudo isso sem perder a consciência, o pensamento lógico e o comando sobre seus movimentos, tal qual fazemos durante o dia. Antonio Cesar Perri de Carvalho e Osvaldo Magro Filho, autores de um livro chamado Entre a Matéria e o Espírito (O Clarim, 1990), fizeram uma compilação de relatos sobre personalidades que teriam vivido experiências extra-sensoriais. Um deles teria sido o astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), que tentou decifrar o movimento dos planetas numa época em que os telescópios ainda estavam em uma fase inicial. “Todas as observações dos séculos anteriores estabeleciam apenas os movimentos aparentes porque tinham sido feitas de uma plataforma móvel – a própria Terra”, conta seu biógrafo, Robert Strother. “Kepler superou isso transportando-se pela imaginação para fora do sistema, olhando para baixo de um ponto no espaço.” O próprio Kepler narrou em um de seus livros, Somniun, a história de um personagem que viajava em sonhos para a Lua. A descrição da superfície lunar confere com o que, séculos depois, veio a se conhecer de fato.

Sobre o físico Albert Einstein, o criador da Teoria da Relatividade, o livro Entre a Matéria e o Espírito cita simplesmente um trecho de uma biografia do cientista no qual ele revela a um amigo que tinha concebido suas idéias revolucionárias “através de uma visão”.



Sonhos de Jung

O psiquiatra suíço Carl Jung parece ter ido mais além no terreno das experiências raras. Ele escreveu sobre fatos estranhos que teriam ocorrido em sua casa – como móveis que se partiam sozinhos sem motivo aparente. O criador da psicologia analítica escreveu também sobre sua capacidade de, às vezes, saber de fatos sobre alguém sem que ninguém os tivesse contado. Em 1944, vitimado por um enfarte, descreveu uma visão que alguns consideram uma experiência de projeção astral. “Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico. Muito abaixo de mim, vi o globo terrestre banhado de uma maravilhosa luz azul (...) O espetáculo de ver a Terra dessa altura foi a experiência mais feérica e maravilhosa da minha vida.”

Quem diz já ter vivenciado uma experiência desse tipo enfatiza: a lembrança do que acontece é a mesma que se tem de um fato vivido durante o dia, quando se está acordado e de olhos bem abertos. E que essas lembranças nada têm a ver com as de sonhos – por mais reais que estes às vezes pareçam. “As saídas do corpo são estudadas desde a Antigüidade, especialmente no Oriente. Mas era um conhecimento vetado, do campo de cada doutrina”, diz Wagner Borges, escritor, conferencista e pesquisador do assunto. Autor de sete livros e fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas (IPPB), Borges dá em suas palestras dicas para quem quiser passar pela experiência extracorpórea de forma consciente. Uma das primeiras perguntas que costuma ouvir é: e se o espírito se desprender para sempre? Para Borges, isso é impossível, já que o corpo, enquanto houver vida, manteria uma conexão indestrutível – “um feixe de energia”, como ele descreve – com o espírito.

Borges, de 43 anos, diz já ter passado por várias experiências desse tipo. As primeiras aconteceram aos 15 anos. “Passava um sufoco. Acordava e não conseguia me mexer”, conta, falando de um “sintoma” comum num processo de projeção. “Uma vez tentei me acalmar, me soltei e vi meu corpo deitado.” Esse seria um dos efeitos da projeção: ver a si mesmo no quarto, deitado, dormindo, exatamente como se realmente está. Em outros casos, o que se vêem são cenários desconhecidos e outras pessoas “projetadas”, pessoas e até mesmo animais, diz Borges. O nível de consciência, segundo ele, varia conforme a ocasião.

O contador paulista Fernando Augusto Golfar, de 37 anos, afirma que vive projeções desde os 6 anos. Contava a seus pais episódios vivenciados por parentes já mortos com os quais falava durante as experiências e visões de lugares que lembrava ter visto dias antes de visitá-los com a família. Por via das dúvidas, a mãe o levou algumas vezes a uma benzedeira. As experiências prosseguiram. “Geralmente me vejo em locais de assistência, hospitais, áreas carentes, enterros ou ajudando usuários de drogas”, conta. Assim como Borges, Golfar afirma ter desenvolvido sua mediunidade. Para ele, isso ajuda em suas projeções astrais, mas não é um requisito fundamental.

O médico Zahar concorda. Agnóstico convicto, ele prefere outra explicação. “Acho que há níveis de consciência e de planos de realidade que ainda não conhecemos.” Curioso e interessado por relatos como os dele, o médico criou em 1999 um grupo de discussão na internet sobre o assunto. O fórum conta hoje com 924 participantes.

Noites maldormidas?

Para neurologista, experiências de projeção astral podem ser atribuídas a problemas relacionados ao sono
Para a medicina convencional, as projeções astrais podem ser explicadas meramente como problemas relacionados ao sono. Segundo o neurologista Rubens Reimão, chefe do Grupo de Pesquisas Avançadas de Medicina do Sono do Hospital das Clínicas, o quadro relatado pelos “projetores” pode ser associado ao que os médicos chamam de alucinação hipnagógica (que ocorre ao cair no sono) e paralisia do sono. As alucinações acontecem quando a pessoa entra abruptamente no estágio de REM (rapid eyes movement, ou movimento rápido dos olhos), que é quando acontecem os sonhos. Normalmente, chega-se a essa fase depois de uns 90 minutos de sono. Mas às vezes mergulhamos nela durante um descuidado cochilo.

“Em geral, a pessoa sonha com o lugar e o momento em que está. Se cochila numa sala de aula, é comum sonhar com alguém falando com ela na sala. E o sonho é tão real que, ao despertar, ela não sabe se aquilo aconteceu ou não”, diz Reimão. Segundo ele, qualquer pessoa pode passar por isso, principalmente se não dormiu o suficiente durante a noite. Já na paralisia do sono, a pessoa acorda, mas sente que simplesmente não pode se mexer nem abrir os olhos e parece estar vendo o próprio quarto.

Por: Marcos de Moura e Souza (Super Interessante - Editora Abril)

quarta-feira, 22 de julho de 2015

15 coisas que você precisa saber sobre pensamento positivo


Apontado como um dos desencadeadores do bem-estar psicológico, pensar positivamente pode ser uma prática de todos os dias

“Pensar positivo” é o conselho geral para superar qualquer dificuldade. Mas, afinal, o que é ser positivo? “Uma pessoa positiva é aquela que é confiante na vida”, resume Maria Teresa Guimarães, life coaching. Mas há uma grande diferença entre ser positivo e ser idealista. As pessoas positivas são realistas. “O pensamento positivo saudável gera pensamentos e atitudes que vão refletir na vida. Por exemplo, para passar no vestibular, a pessoa se motiva para estudar”, comenta o terapeuta e instrutor de ioga Fabio Mocci Camargos.

1. Ser positivo também é uma questão de escolha. Portanto, saiba que a iniciativa tem que vir de você. “As pessoas positivas são mais racionais”, diz o coach André Lado Cruz.

2. A atitude positiva pode ser treinada. Uma boa maneira de praticá-la é meditar diariamente, mesmo que por pouco tempo. A meditação consiste em observar os próprios pensamentos. “Se o pensamento não é o que você quer, finja que ele é uma nuvem e deixe-o passar”, diz Teresa Guimarães.

3. As pessoas positivas não são imediatistas. Elas conseguem analisar uma situação e enxergar adiante. Por isso, André Lado Cruz ensina que uma maneira de ser positivo é pensar a longo prazo. Lembre-se que o futuro é produzido no presente e o que não está tão bom agora pode se tornar melhor se cultivado com positividade. “Ter um objetivo faz com que o peso do caminho seja suportável”, completa.

4. Ver fotos de animais e coisas fofas pode ter um impacto benéfico maior do que você imagina. Uma pesquisa de 2012 desenvolvida pela Universidade de Leicester mostrou que olhar imagens de filhotes fofos aumenta a concentração, fazendo com que o desempenho em atividades cotidianas melhore. Com mais foco, é possível encontrar soluções racionais e lógicas para os problemas que aparecem.

Ver fotos de animais fofinhos tem impacto positivo, segundo pesquisa

5. A música traz muitos benefícios. Entre eles, a capacidade de liberar o estresse e cultivar o modo de expressão pessoal. Que tal aprender a assoviar aquela sua música favorita?

6. Ria e sorria! Pensar positivo é uma questão de treino. Para isso, tente sempre emanar positividade. Se parecer algo muito difícil, a coach Teresa sugere uma técnica. “Quando estiver se sentindo carregado, feche os olhos e abra um sorriso. Ou, então, mostre os dentes para o espelho. Percebeu que algo dentro de você ficou mais leve?”. Nós testamos e percebemos.

7. Avalie todos os lados de uma situação. Terminou com o parceiro ou brigou com a amiga? Talvez seja hora de rever quais pessoas são necessárias na sua vida. “A pessoa positiva tem uma atitude racional diante da vida. No fundo, como acredita que tudo é bom, ela foca no lado afirmativo das oportunidades que a vida oferece”, conta Teresa.

8. Cultive relacionamentos enriquecedores com pessoas edificantes. Também não tenha receio de cortar aquelas pessoas que fazem mal do seu convívio. “Somos estações receptoras e transmissoras. Têm pessoas que exalam coisas boas e nos fazem querer ficar perto. Por outro lado, tem gente que você mal senta perto e já quer sair. Cultivar a relação com quem nos faz bem é necessário para a saúde mental”, explica a life coach.

9. Desconectar-se um pouco dos problemas é importante para manter uma atitude positiva. Desligue o computador ou a televisão e vá dar uma volta no quarteirão, apreciando os sons ao redor. “É difícil ser positivo em um mundo em que somos bombardeados com informações negativas”, comenta Teresa.

10. Cuidado com o ambiente que você cria, tanto para seus amigos quanto para a sua família. O terapeuta Fábio Mocci explica que o ambiente influencia a maneira como a pessoa encara a vida, principalmente a forma de criação. “O contexto familiar em que você está envolvido pesa muito. Se a pessoa tem pais opressores, pode se tornar uma pessimista”. Por isso, perceba se seu pessimismo é “herdado” e livre-se dele. E procure sempre criar um ambiente harmonioso ao seu redor.

11. Diga ‘sim’ para novas oportunidades. Seja uma pessoa mais aberta aos acontecimentos não planejados. Muitas coisas boas podem vir de lugares que você nem esperava e mergulhar no desconhecido costuma expandir suas visões de mundo.

O pensamento positivo deve ser cultivado todos os dias
12. Não tome decisões em situações de emoção extrema, seja de raiva ou felicidade. Na euforia, muitas vezes dizemos coisas que podemos nos arrepender depois, o que acaba criando uma situação desconfortável para todos. Uma pessoa positiva é, antes de tudo, racional e consciente de suas próprias ações. Na dúvida, clareie a mente, respire fundo e conte até 10.

13. Preste atenção não só ao que você fala, mas em como fala. Uma técnica interessante é sempre se questionar a quem a informação trará benefício. “Não adianta querer ser positivo se ficar falando mal dos outros”, exemplifica André.

14. Gaste seu tempo com experiências em vez de bens. O aprendizado das vivências é significativo para o resto da vida. “Um dos benefícios é sentir-se bem. Cada pensamento e ação produz uma descarga bioquímica que faz as pessoas experimentarem sensações diferentes a cada nova experiência”, conta Teresa Guimarães.

15. Faça uma limpeza interna. Não guardar mágoas e perdoar falhas são maneiras de começar esse processo. “A ‘ecologia interna’ faz com que haja uma reciclagem dos pensamentos ruins, e os reelabora internamente para devolver para o ambiente de maneira mais suave, mais agradável e condizente com a nossa identidade”, diz a coach.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

As 25 melhores frases inspiradoras que você já ouviu


 Uma frase inspiradora pode ser o suficiente para fazer uma reviravolta em seu dia. Aqui estão as 25 melhores frases inspiradoras já ditas ou escritas.
(...) Eu odiava cada minuto do treinamento, mas eu disse, "Não pare. Sofra agora para viver o resto de sua vida como um campeão. "
-Muhammad Ali

"Você pode ter o que quiser, se você estiver disposto a esquecer a crença de que você não pode tê-lo."
-Robert Anthony

"Não há um homem vivo que não possa fazer mais do que ele pensa que pode."
-Henry Ford

"Dê-me um funcionário de estoque com um objetivo, e eu lhe darei um homem que vai fazer história. Dê-me um homem sem um objetivo, e eu lhe darei um funcionário de estoque. "
-JC Penny

"A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo."
-Dr. Forrest C. Shaklee

"Não é sobre o tempo, é sobre as escolhas. Como você está gastando suas escolhas? "
-Beverly Adamo

"Sucesso ... parece estar conectado com ação. As pessoas de sucesso estão sempre em movimento. Eles cometem erros, mas eles não desistem. "
-Conrad Hilton

"Issa é exatamente a pergunta que todos deveriam estar se perguntando, por que não? - Por que não você?, por que não agora ...? "
-Timothy Ferriss

"A intolerância do seu presente cria seu futuro."
-Mike Murdock

"Os sonhadores são os salvadores do mundo".
- James Allen

"O destino não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha."
-Anônimo

"O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos."
-Eleanor Roosevelt

"A qualidade de vida de uma pessoa é diretamente proporcional ao seu compromisso com a excelência, independentemente do seu campo escolhido ou esforço."
-Vince Lombardi

"É preciso coragem para crescer e tornar-se quem você realmente é."
-EE Cummings

"Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido."
-George Eliot

"Como alguém se torna uma borboleta? Basta querer voar tanto, até chegar ao ponto de estar disposto a desistir de ser uma lagarta. "
-Trina Paulus

"Não deixe o que você não pode fazer; interferir com o que você pode fazer."
-John Wooden

"Um homem com coragem faz uma maioria."
-Andrew Jackson

"O fracasso é a oportunidade de começar de novo com mais inteligência."
-Henry Ford

"Tente não se tornar um homem de sucesso, mas sim tente tornar-se um homem de valor."
-Albert Einstein

"Jamais algo grande demais será alcançado sem grandes homens, e os homens são grandes apenas se eles estão determinados assim ser. Dá-se glória apenas para aqueles que sempre sonharam com ela. "
-Charles De Gaulle

"A mente é seu próprio lugar, e em si pode fazer um céu do inferno, um inferno do céu."
-John Milton

"Você não pode manter uma visão verdadeira e clara da riqueza se você estiver constantemente voltando sua atenção para imagens opostas, sejam externas ou imaginárias."
D. Wattles-Wallace

"Toda grande história no planeta aconteceu quando alguém decidiu não desistir, mas continue não importa o que aconteça."
-Spryte Loriano

A criação de mil florestas está em uma semente.
- Ralph Waldo Emerson