O termo “Dissociative Identity Disorder”, que se traduz aqui por “Transtorno Dissociativo de Identidade”, é um transtorno psíquico em que os indivíduos que dele sofrem apresentam aquilo que se costuma designar por personalidades múltiplas. Estas pessoas apresentam em contextos específicos estados de personalidade distintos, os quais assumem completamente o controle da situação. Pessoas que sofrem de Distúrbios Dissociativos "escapam" da realidade de modo involuntário e pouco saudável, perdendo a memória ou achando que são outra pessoa. Estes distúrbios costumam surgir como resposta a certos traumas, ansiedades ou lembranças muito dolorosas.
Este tipo de psicopatologia, diz respeito à dissociação da mente humana, resultando daí, o surgimento de novas identidades, ou de estados de personalidade, dentro de uma só mente. Cada qual com sua própria forma independente de se relacionar, de se perceber, de pensar e de lembrar sobre si mesma e de sua vida, com sua própria personalidade, princípios e valores distintos entre si.
Se duas ou mais destas entidades assumem o controle do comportamento da pessoa em um determinado momento, um diagnóstico de transtorno dissociativo de identidade pode ser feito.
Acredita-se que cerca de 7% da população mundial experimentam um episódio de Distúrbio Dissociativo durante sua vida. Da mesma forma que outros transtornos dissociativos, o transtorno dissociativo de identidade ou a dupla personalidade pode trazer prejuízos graves ou incapacitação de funções cognitivas e perceptivas para a pessoa.
No entanto, algumas pessoas com Transtornos Dissociativos e com dupla personalidade conseguem relações sociais consistentes e até mesmo empregos altamente com alta responsabilidade, contribuindo para a sociedade em uma variedade de profissões, como por exemplo, nas artes, no serviço público, empresas, etc. Essas pessoas conseguem manter e assegurar seus contatos sociais parecendo a funcionar normalmente, interagindo com colegas, vizinhos e outras pessoas.
Existe a incapacidade de recordar informações pessoais importantes, cuja extensão é demasiadamente abrangente para ser explicada pelo esquecimento normal. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma doença orgânica ou psíquica específica. Está mais vezes associada à síndrome de stress pós-traumático e está profundamente ligado ao emocional.
São traumas psíquicos frequentemente adquiridos na infância, e que ficam numa espécie de congelador cerebral devido a um stress de tal ordem insuportável que a criança não o consegue explicitar, após esse choque emocional, e por não conseguir lidar com tal situação, mais tarde na idade adulta, reaparece sob uma forma de dissociação de consciência, ele tende a se proteger do mesmo, criando, a partir do trauma, novas identidades, denominadas álteres-ego, para que, a estas, caibam a sustentação de todo peso emocional. É um mecanismo de defesa por meio do qual a pessoa tenta resolver os problemas que haviam ficado suspensos criando personalidades alternativas, e que na infância se é incapaz de fazer.
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São traumas psíquicos frequentemente adquiridos na infância, e que ficam numa espécie de congelador cerebral devido a um stress de tal ordem insuportável que a criança não o consegue explicitar, após esse choque emocional, e por não conseguir lidar com tal situação, mais tarde na idade adulta, reaparece sob uma forma de dissociação de consciência, ele tende a se proteger do mesmo, criando, a partir do trauma, novas identidades, denominadas álteres-ego, para que, a estas, caibam a sustentação de todo peso emocional. É um mecanismo de defesa por meio do qual a pessoa tenta resolver os problemas que haviam ficado suspensos criando personalidades alternativas, e que na infância se é incapaz de fazer.

Quase todos (97 a 98%) os adultos com distúrbio dissociativo da identidade relatam ter sofrido algum tipo de abuso durante a infância. Isso pode ser documentado para 85% dos adultos e 95% das crianças e adolescentes com distúrbio dissociativo da identidade.
Entretanto, ocorrendo a existência de várias identidades, outras situações contribuem para o trauma. Dificuldades e frustrações de qualquer monta, tornam-se insuportáveis, pois o portador deste tipo de distúrbio é psicologicamente vulnerável, sendo, portanto, passível da criação de quantas personalidades se fizerem necessárias.
Ás vezes em uma única mente existem centenas de outros "eus", tendo cada um deles sua história, sentimentos e comportamentos específicos. Não raro, chegam a ter outra cultura e até mesmo terem sotaques estrangeiros, como também alguns podem ser religiosos e outros totalmente avessos aos costumes e a moral predominante.

Os indivíduos com distúrbio dissociativo da identidade freqüentemente são alertados sobre coisas que fizeram, mas não conseguem se lembrar de tê-las realizado. Outras pessoas também podem comentar sobre mudanças de comportamento de que eles não se lembram. Eles podem descobrir objetos, produtos ou papéis escritos que não conseguem explicar e nem reconhecer.
No período em que um outro "eu" assume o controle, as demais identidades, ficam em estado de amnésia parcial, não tendo, portanto, conhecimento das ações praticadas pelas outras, sendo assim, freqüente a existência de uma personalidade que envolve-se em drogas ou até mesmo com coisas muito mais graves, tais como agressões, furtos, roubos e assassinatos. Em suma, são personalidades totalmente distintas e independentes, mas que fazem parte da mente de um só indivíduo.
O Transtorno Dissociativo de Identidade reflete um fracasso em integrar vários aspectos da identidade, memória e consciência. Cada estado de personalidade pode ser vivenciado como se possuísse uma história pessoal distinta, auto-imagem e identidade próprias, inclusive um nome diferente. Os indivíduos com este transtorno experimentam frequentes lacunas de memória para a história pessoal tanto remota como recente. A amnésia frequentemente é assimétrica.
Após diagnosticada tal dissociação o tratamento é rigoroso e demorado, e quando da prática de um ilícito, recai o indivíduo, portador de tal distúrbio, na inimputabilidade, pois não é capaz de determinar-se quanto ao ato praticado.
Fonte: Psicósmica
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