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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

15 coisas inventadas ou descobertas por acaso

A Maioria das invenções e descobertas da história foi obtida com muito esforço, pesquisa e trabalho. Mas bastaram alguns acidentes na vida de algumas pessoas para produtos surgirem e soluções serem desvendadas, como o Viagra, o marca-passo e até o picolé. Conheça alguns dos acasos mais famosos da humanidade e os seus resultados.

1. Corn flakes (flocos de milho)

(Fonte da imagem: 1.bp)
Em 1894, os irmãos John Harvey Kellogg e Will Keith Kellogg estavam desenvolvendo novos alimentos para um grupo de pacientes de uma igreja adventista americana. Ao preparar a massa de trigo para fazer granola, Will deixou um pouco dela descansando, e quando voltou, estava ressecada.
Em vez de jogá-la fora, os irmãos a passaram pelos cilindros para afiná-la, esperando fazer longas folhas de massa de pão. Conseguiram flocos. Eles assaram os flocos, que se tornaram um grande hit entre os pacientes, e patentearam sob o nome de Granose. Os irmãos experimentaram fazer os flocos com vários grãos, inclusive milho, e em 1906 Will criou a empresa Kelloggs.

2. Picolé

(Fonte da imagem: Veja Brasil)
Frank Epperson estava na varanda de sua casa preparando um refresco, com uma mistura de refrigerante em pó e água, quando alguém o chamou e ele acabou esquecendo sua bebida ali. Na manhã seguinte, Epperson viu que o refresco estava congelado juntamente com um palito que ele usou para mexer o líquido. Foi assim que ele "criou" o picolé em 1905, com apenas 11 anos de idade. O produto foi patenteando apenas em 1923.

3. Café

(Fonte da imagem: LR1034)
Uma das histórias mais aceitas e divulgadas quanto a origem do café é a do pastor Kaldi, que viveu na Etiópia há cerca de mil anos e observou que suas cabras estavam bem elétricas. Kaldi acabou notando que elas mastigavam os frutos de café no campo e logo associou as duas coisas.
O pastor comentou com um monge, que decidiu experimentar o poder dos frutos utilizando-os em forma de infusão, e ele percebeu que a bebida ajudava a resistir ao sono enquanto orava em suas longas horas de preces.

4. Batata chips

(Fonte da imagem: Buskonia)
Tudo começou com a reclamação insistente de um cliente no restaurante do chefe George Crum, em 1853. Ele solicitou várias vezes para trocar as batatas fritas que pediu alegando que elas eram grossas e sem sal. Crum se irritou e as cortou em tiras extremamente finas, fritou até elas ficarem bem crocantes e adicionou um tempero extra de sal. O produto foi um sucesso.

5. Micro-ondas

(Fonte da imagem: Jah Music)
Um dos itens mais high tech da cozinha foi descoberto por Percy Spencer em 1945, quando trabalhava em uma empresa de radares em uma experiência com – adivinhe – micro-ondas. Spencer notou que a barra de chocolate do seu bolso tinha derretido. Dali para a criação de um forno de micro-ondas foi um passo. O primeiro tinha 1,70 metro de altura e pesava 340 quilos.

6. Mola maluca

(Fonte da imagem: Farm6)
Se você é um leitor ávido do Tecmundo, deve saber que já existe uma fantasia de mola maluca. Mas o que você provavelmente não sabe é que ela foi inventada por um engenheiro naval, em 1943. Richard James bateu por acidente em uma mola mecânica e a viu “andar” pela sala. Depois do ocorrido, ele começou a trabalhar em um material para a fabricação do brinquedo, ao perceber seu potencial. A original é feita com fios de aço, e chama-se Slinky (que significa “elegante” e “gracioso”) nos Estados Unidos.

7. Massinha de modelar

(Fonte da imagem: Blog da Julieta)
O produto foi desenvolvido originalmente como produto de limpeza para wallpapers mas se tornou um dos brinquedos mais populares para crianças. A invenção é de Noah McVicker, que trabalhava em uma empresa de sabão na década de 30 e notou a semelhança do produto de limpeza com massas de modelar, mas sem a toxidade apresentada por elas até então. O brinquedo foi chamado de Play-Doh e é vendido até hoje pela Hasbro. Outras tantas massas genéricas também são comercializadas.

8. Cookies de chocolate

(Fonte da imagem: Picture Shunt)
Ruth Wakefield era dona da Toll House Inn, uma espécie de parada e restaurante com comida caseira na beira de uma rodovia americana. Em um dia, ela estava fazendo biscoitos comuns, quando descobriu que estava sem chocolate em pó para fazer a massa. Ruth então decidiu colocar pedaços de chocolate meio-amargo sobre os biscoitos, pensando que eles iriam derreter e misturar-se a massa. Isso não aconteceu, e os biscoitos até então diferentes tornaram-se um sucesso imediato.

9. Penicilina

(Fonte da imagem: Rhodia)
A penicilina nada mais é que uma substância com efeito bactericida produzida por um fungo. Ela foi acidentalmente descoberta em 1928 por Alexander Fleming, que saiu de férias e esqueceu algumas placas com cultura de microrganismos em seu laboratório, no hospital St. Mary, em Londres. Quando voltou da viagem, ele reparou que uma de suas culturas de Staphylococus tinha sido contaminada por um bolor... E não havia mais bactérias em volta das colônias. O bolor era o fungo produtor da penicilina e revolucionou a medicina.

10. Sacarina

(Fonte da imagem: Primeriza)
O ano era 1879 e um pesquisador chamado Constantino Fahlberg tinha se esquecido de lavar as mãos antes do almoço. Ele derramara um produto químico em suas mãos, que adicionou um sabor doce incomum ao pão que ele comeu. Era a sacarina, que se tornaria popular somente durante a Primeira Guerra Mundial, com o racionamento do açúcar. Só em 1960 ela seria usada na fabricação de adoçantes e refrigerantes diets.

11.  Fogos de artifício

(Fonte da imagem: Olx)
Os fogos de artifício tiveram origem na China, há cerca de 2 mil anos. Diz a lenda que eles foram inventados por acidente, quando um cozinheiro misturou carvão, enxofre e salitre, itens comuns encontrados em cozinhas naquela época. A combinação foi esquentada e, quando foi comprimida dentro de um tubo de bambu, explodiu.

12. Viagra

(Fonte da imagem: FlawlessHustle)
O Viagra é conhecido como pílula azul, vitamina V e salvador de casamentos, e sua descoberta aconteceu enquanto os farmacêuticos do laboratório Pfizer sintetizavam o Cidrato de Sidenafila para tratar a hipertensão. Os primeiros testes revelaram uma forte ereção peniana com o uso do produto... Pronto, estava criado o primeiro e mais popular remédio para disfunção erétil da história.

13. Insulina

(Fonte da imagem: VideoJug)
A remoção do pâncreas de um cão saudável acabou na descoberta da Insulina. Dois médicos extraíram-no em 1889 para demonstrar o papel do órgão na digestão dos alimentos, e vários dias depois o guarda do cão reparou que havia muitas moscas alimentando-se da urina do animal. Ao fazer um teste de urina, verificou-se que havia açúcar presente, demonstrando pela primeira vez a relação entre pâncreas e diabetes. Depois de muitas pesquisas, a insulina seria criada.

14. Supercola (cola instantânea, Super Bonder)

(Fonte da imagem: Purpleopurple)
Tudo começou com um projeto para a criação de um tipo de mira de precisão a partir de uma forma experimental de plástico transparente durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945, sob a liderança do Dr. Harry Coover. Mas a substância era extremamente pegajosa e revelou-se difícil de trabalhar.
Seis anos depois, Coover foi transferido para a fábrica da Kodak e percebeu que a substância tinha propriedades únicas. Nos experimentos que fez, ele viu que ela colava rapidamente e de maneira forte. A supercola estava criada.

15. Marca-passo

(Fonte da imagem: Veris)
Em 1956, Wilson Greatbatch, um professor de engenharia na Universidade de Buffalo, estava construindo um dispositivo que poderia gravar ritmos cardíacos. Sem querer, o aparelho acabou fazendo o contrário, emitindo uma série de pulsos elétricos que se assemelhavam aos ritmos, e dessa maneira o primeiro marca-passo foi criado.
ROBERTO HAMMERSCHMIDT (TECMUNDO)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

21 objetos que você acha que são limpos, mas na verdade são mais sujos que o seu vaso sanitário


A barba dos homens pode ser mais suja do que o interior de um vaso sanitário. Pelo menos é o que afirma uma equipe de microbiólogos do Novo México, nos EUA, que descobriu paralelos alarmantes entre algumas bactérias da barba e germes fecais.
Mas, calma! Se você adora barbas, não precisa entrar em pânico: o estudo aparentemente não era exatamente científico. Mesmo assim, precisamos ficar atentos. Com um pouco mais de observação, é fácil constatar que as bactérias frequentemente encontradas em banheiros são também vistas em coisas cotidianas, como telefones celulares e menus de restaurante. E como estes objetos não são sempre limpos regularmente, enquanto banheiros sim (nós esperamos), muitos itens podem até superar os mal falados vasos sanitários e ser mais sujos do que você imagina.

21. Panos de louça

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Os panos da cozinha são alguns dos itens mais sujos da casa. Geralmente germes e bactérias chegam até a cozinha através da carne crua e das vísceras dos animais. Segundo o Dr. Chuck Gerba, professor de microbiologia da Universidade do Arizona, nos EUA, existem cerca de 1 milhão de bactérias por polegada quadrada em um pano de louça comum, 20 mil vezes mais do que em um vaso sanitário comum.

20. Smartphones
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Devido à forma como muitas vezes nós os usamos, smartphones carregam germes que podem superar as bactérias encontradas em assentos sanitários em dez vezes. O truque para se manter saudável, porém, é não compartilhar o seu telefone. Um dispositivo que tem germes vindos a partir de apenas um único indivíduo não representa um risco de saúde para o seu dono.

19. Teclados de computador

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De forma alarmante, o teclado do seu computador pode ser até 500% mais sujo do que o assento do vaso sanitário – de acordo com as conclusões de um estudo realizado em 2008 no Reino Unido. Os pesquisadores da equipe, que examinaram 33 teclados, estavam especificamente à procura de bactérias que causam intoxicação alimentar.

18. Cubos de gelo

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O inocente cubo de gelo pode ser mais sujo do que água do banheiro – pelo menos de acordo com uma investigação britânica de 2013. O gelo servido em 60% dos restaurantes pesquisados ​​tinha mais bactérias do que a água que flui através dos banheiros dos estabelecimentos.

17. Cardápios de restaurante

Portrait of a young woman holding a mobile phone

Não é exatamente uma surpresa saber que os cardápios são muitas vezes mais sujos do que o banheiro médio; eles são o que cada cliente com fome sempre toca, afinal de contas. Uma investigação feita pelo programa Good Morning America, da rede de televisão ABC, revelou que os menus de restaurante observados abrigavam uma média de 185 mil bactérias. Além disso, outros objetos em restaurantes não são tão limpos, principalmente considerando que nós nos alimentamos nestes lugares. Além dos mais óbvios, como pias de banheiro e maçanetas, os saleiro e pimenteiros, assim como as cascas de limão, por exemplo, podem ser pequenos reservatórios de germes e bactérias.

16. Controles remotos

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Eles são tocados por todos na família, por isso, não é de admirar que controles remotos de televisão sejam um viveiro de germes. Além disso, eles também podem fazer mal. Em um estudo feito na Universidade de Virginia, nos EUA, em 2008, pesquisadores descobriram que 50% dos controles remotos abrigavam o vírus que causa os resfriados.

15. Mesas de escritório

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Mesmo que pareçam limpas e organizadas, as mesas de escritório típicas podem ser mais sujas do que um vaso sanitário. A pequena seção onde o trabalhador descansa as mãos, por exemplo, pode armazenar cerca de 10.000 bactérias. O assento de banheiro típico, em comparação, tem apenas 50 germes que habitam cada polegada quadrada.

14. Tábuas de corte

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Talvez devêssemos começar a cortar legumes no assento do vaso sanitário: apesar do inconveniente, de acordo com cientistas da Universidade do Arizona, seria mais limpo. A equipe de pesquisa descobriu que, em comparação ao banheiro, as tábuas têm em média uma incrível marca de 2.000% mais bactérias fecais – a maioria das quais vindas da carne crua.

13. Roupa lavada

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Roupas recém-lavadas, alguém pode pensar, são o ápice da limpeza. Mas as famílias ambientalmente conscientes que usam lavagens mais frias podem estar involuntariamente permitindo que as bactérias prosperem, aumentando assim a possibilidade de infecções. A lavagem com água fria não elimina os germes e bactérias, que acabam se acumulando na roupa.

12. Escovas de dentes

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Essa aqui pode deixar um gosto engraçado na boca: escovas de dentes são tecnicamente mais sujas do que toaletes. Em 2014, um estudo da Universidade de Manchester, na Inglaterra, foi amplamente anunciado por ter descoberto o fato de que a escova de dentes média abriga mais de dez milhões de bactérias, e quanto mais próximo o item fica da privada, mais provável é que hospede germes fecais.

11. Tapetes

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Apesar de todo o trabalho duro dos aspiradores de pó, tapetes podem permanecer bastante sujos. Philip Tierno, especialista em imunologia e microbiologia na Universidade de Nova York (EUA), descobriu que tapetes são a casa de cerca de 20.000 germes em cada polegada quadrada, tornando-os aproximadamente 4.000 vezes mais cobertos de bactérias do que assentos sanitários.

10. Geladeiras

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O interior da geladeira está potencialmente entre os lugares mais sujos da casa. Na verdade, um estudo de 2010 nos EUA descobriu que mais de quatro em cada dez interiores de geladeiras testados abrigavam níveis perigosos de fungos e bactérias. Diga o que quiser sobre o assento do vaso sanitário, mas lá geralmente não tem pão amanhecido nem queijo estragado.

9. Interruptores de luz

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Eles são usados ​​quase que instintivamente, o que pode explicar por que não estão exatamente no topo das nossas listas de limpeza. E, de acordo com o site de saúde Healthline, o acúmulo de sujeira e gordura nestes dispositivos os coloca entre as coisas mais sujas da casa.

8. Torneiras de cozinha

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Bactérias na torneiras de cozinha podem superar suas homólogas nos assentos de toalete em uma proporção de 44 para um. Além disso, os testes do Conselho de Higiene do Reino Unido descobriram que 14% das torneiras apresentam níveis potencialmente perigosos de E. coli – um organismo que pode causar insuficiência renal.

7. Bolsas

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Bolsas de mulheres provavelmente ​​abrigam um número maior de germes do que os banheiros. Isso de acordo com a Initial Washroom Higiene, uma empresa inglesa especializada em higiene de banheiros, que revelou que 20% das alças das bolsa representam um risco potencial para a saúde. Por causa de sua textura absorvente, bolsas de couro são as piores.

6. Botões de elevadores

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Pressione um botão de elevador e você correrá o risco de entrar em contato com 40 vezes a quantidade de bactérias encontradas em assentos sanitários públicos. Este é o aviso da Microban Europa, empresa que fornece soluções antimicrobianas e antibacterianas. A companhia fez a descoberta surpreendente depois de examinar painéis de elevadores em aeroportos, hotéis, restaurantes e empresas em 2010.

5. Travesseiros

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Travesseiros contêm bilhões de bactérias, a maioria das quais já viveram em seu rosto. Ainda assim, segundo o professor Jack Brown, da Universidade do Kansas, nos EUA, estes minúsculos organismos são inofensivos – contanto que as fronhas sejam lavadas semanalmente. Vale lembrar que é importante trocar os travesseiros a cada seis meses. Células mortas e ácaros costumam se acumular neles e causar acne, além de alergia em pessoas propensas a isso.

4. Tigelas de ração dos animais de estimação

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Falta de limpeza regular na tigela de ração do gato ou do cachorro pode torná-las mais sujas do que o vaso sanitário – o que, na reflexão, faz todo o sentido. De acordo com especialistas em saúde pública da Fundação Nacional de Ciências dos EUA, tigelas de animais de estimação são um dos objetos mais sujos da casa.

3. Esponjas de cozinha

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Elas servem supostamente para manter nossas cozinhas limpas, mas toda a absorção de sujeiras e a limpeza das superfícies das louças faz com que a inofensiva esponja de cozinha seja uma das coisas mais sujas em casa. De acordo com microbiologistas da Universidade do Arizona, elas podem abrigar 200.000 vezes o número de germes normalmente encontrados no assento do vaso sanitário. Isso porque a cozinha costuma concentrar uma grande quantidade de germes que entram na nossa casa através da carne crua dos animais.

2. Suportes de papel higiênico

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Cuidado quando estiver se limpando. Os suportes de rolos de papel higiênico contêm 150% mais germes do que os assentos sanitários – um fato alarmante descoberto pelo programa The Doctors, da rede de TV americana CBS.

1. Notas de dinheiro

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Assentos sanitários são completamente limpos em comparação com as notas de dinheiro. Mais de um quarto delas abrigam quantidades perigosas de germes. Isso de acordo com cientistas da Queen Mary University of London, que descobriram que algumas das cédulas que nós carregamos nos bolsos todos os dias hospedam a bactéria E. coli, potencialmente mortal. Além disso, um estudo feito em 2011 pelo Departamento de Saúde de Nova York apontou a presença de bisfenol em cédulas de 21 países, uma substância usada na fabricação de embalagens de plástico que pode causar câncer e hipertensão. E a coisa é ainda pior para os brasileiros: o mesmo estudo apontou que o real é uma das moedas mais sujas de todo o mundo.

Fonte: HypeScience

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Será que produtos detox realmente funcionam?

Você não precisa ir muito longe para encontrar a palavra “detox” em produtos nas prateleiras do supermercado ou em cardápios de restaurantes naturais. A ideia por trás desse nome tem a ver com saúde e desintoxicação, mas será que os produtos detox realmente cumprem esse papel de limpar nosso organismo?
Essa foi a pergunta base de uma publicação do The Guardian, e a conclusão não mediu palavras: “[o detox] é um conceito pseudo-médico projetado para vender coisas”. Pois é, essa doeu.
De acordo com Edzard Ernst, professor de medicina da Universidade de Exeter, na Inglaterra, existem dois tipos de desintoxicação: um que funciona e o outro, que não. O que funciona, segundo Ernst, é aquele realizado em pessoas que têm algum tipo de vício em drogas e que correm risco de morte.
“O outro é a palavra que está sendo invadida por empresários, curandeiros e charlatães que querem vender um tratamento falso que supostamente desintoxica seu corpo de toxinas que você deve ter acumulado”, explica o médico, referindo-se, é claro, aos produtos que carregam a denominação “detox” em suas embalagens.
Ernst diz, ainda, que se o corpo de uma pessoa acumula tanta toxina de modo que ela não consegue eliminar esse excesso, essa pessoa estaria morta ou precisando de uma intervenção médica radical. O professor explica que, no corpo de uma pessoa saudável, os órgãos funcionam bem e não há como melhorar o funcionamento de algo que já está dando certo.
Nesse sentido, vale lembrar que as embalagens dos produtos falam em toxinas que precisam ser eliminadas, mas não especificam que toxinas são essas, de modo que não é possível medir a real eficiência desse tipo de produto. Um teste realizado em 2009 no Reino Unido buscou avaliar a eficácia de 15 produtos detox. O resultado? Nenhum dos fabricantes conseguiu definir que tipo de desintoxicação cada produto oferecia, assim como não conseguiram nem mesmo explicar o que é desintoxicação.
Ainda assim, o número de produtos que prometem desintoxicar consumidores só aumenta: comprimidos, tinturas, chás, sucos, máscaras faciais, sais de banho, xampus, cremes corporais e por aí vai.
Além desse tipo de produto, há os tratamentos estéticos e medicinais que também prometem uma desintoxicação, como é o caso da irrigação do cólon. Esse procedimento é feito para eliminar vestígios de fezes que ficam nas paredes do intestino. A técnica e consiste em “lavar” o intestino por meio da inserção de uma “mangueira” com água. Muitos médicos alertam que esse tipo de técnica é invasiva demais e pode perfurar o intestino.
A receita ideal para uma saúde em dia? Praticar atividades físicas, ter uma alimentação equilibrada e não fumar. Além disso, é preciso ter em mente, sempre, que esses produtos movimentam grandes quantidades de dinheiro, mas que, no fundo, não cumprem os benefícios que prometem.
Fatos Desconhecidos

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Será que existe diferença entre os cérebros de homens e mulheres?

Sem dúvidas, você já ouviu muito a frase “Os homens são de Marte, as mulheres são de Vênus”, para explicar e difundir a ideia de que os dois sexos têm características e comportamentos diferentes. Existem escolas apenas para meninos ou apenas para meninas, brinquedos separados para cada gênero, além de tratamentos voltados à cada grupo específico. Mas uma nova pesquisa indica que as diferenças entre os cérebros de homens e mulheres são muito pequenas. A descoberta pode mudar a forma como os cientistas estudam o órgão e até mesmo como a sociedade define os gêneros.
Durante o século 19, pesquisadores afirmavam que era possível distinguir o sexo de um indivíduo apenas observando o seu cérebro. Mas um novo estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, descobriu que os cérebros humanos não se dividem perfeitamente em categorias “feminino” e “masculino”.
Durante a pesquisa, os cientistas mapearam imagens dos cérebros e começaram a procurar diferenças entre os sexos. Algumas disparidades pequenas foram relatadas: por exemplo, nos homens, a amígdala – parte do sistema límbico e importante centro regulador do comportamento sexual, dos sentimentos e da agressividade – é maior do que nas mulheres.
A líder do projeto, Daphna Joel, neurocientista comportamental, utilizou conjuntos existentes de imagens de cérebros para medir o volume de matéria cinzenta (tecido nodoso que contém o núcleo de células nervosas) e matéria branca (feixes de fibras nervosas que transmitem sinais ao redor do sistema nervoso) no cérebro de mais de 1,4 mil indivíduos.  
Outra descoberta importante é que o hipocampo esquerdo, uma área do cérebro associada com a memória, é geralmente maior em homens do que em mulheres. Em cada região, no entanto, houve sobreposição significativa entre homens e mulheres: algumas mulheres tinham um hipocampo de maiores dimensões, por exemplo, enquanto o hipocampo de certos homens era menor do que o da média do sexo feminino.
Para explicar essa sobreposição, os pesquisadores criaram um “contínuo” de “feminilidade” e outro de “masculinidade”. A zona de extremidade masculinacontinha características mais típicas dos homens, e a zona de extremidade feminina agrupava a versão das mesmas estruturas mais frequentemente observadas em mulheres. Em seguida, a equipe marcou cada região por indivíduo, para descobrir onde eles se encontravam naquele contínuo macho-fêmea.
A maioria dos cérebros eram um mosaico de estruturas masculinas e femininas: entre 23% e 53% dos cérebros continham uma mistura de todas as regiões. Poucos cérebros, entre 0% e 8%, tinham todas as estruturas do sexo masculino ou do sexo feminino.
Então, como explicar a ideia de que homens e mulheres parecem se comportar de forma diferente? Isso também pode ser um mito, diz Joel. Sua equipe analisou dois grandes conjuntos de dados que avaliaram as atitudes e reações estereotipadas dos gêneros. Os indivíduos eram igualmente variáveis: apenas 0,1% dos indivíduos exibia apenas comportamentos estereotipados como femininos ou masculinos. Assim, “não há nenhum sentido em falar sobre a natureza do sexo masculino ou natureza feminina”, diz Joel.
Os resultados têm implicações amplas. Por um lado, ela afirma que os pesquisadores que estudam o cérebro podem não precisar mais comparar machos e fêmeas ao analisar seus dados. Por outro lado, diz ela, a extrema variabilidade dos cérebros humanos debilita as justificativas para a educação sexualmente segregada com base nas diferenças inatas entre homens e mulheres, e até mesmo as nossas definições de gênero como categoria social.
O trabalho “contribui de forma importante para a conversa”, diz Margaret McCarthy, uma neurofarmacologista da Universidade de Maryland, em Baltimore, que estuda preconceitos de gênero em doenças neurológicas e mentais. Mas ela discorda de que pode não ser útil considerar o sexo como uma variável quando se estuda o cérebro, já que, por exemplo, os homens têm cinco vezes mais chances de desenvolver autismo, e as mulheres são duas vezes mais propensas a sofrer de depressão.
Fonte: Fatos Desconhecidos

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Estudo diz que, em colônia de formigas, 25% dos indivíduos não trabalham


Quando falamos em formigas, costumamos associar estes animais a exemplos de trabalhadores incansáveis, que fazem de tudo para manter o formigueiro. Porém, um estudo recente pode diminuir o status de ‘dedicadas’ das formigas. Em um trabalho realizado nos Estados Unidos, cientistas descobriram que muitos dos insetos da espécie Temnothorax rugatulus, da América do Norte, simplesmente não trabalham.

(Foto: reprodução/Terri Heisele/SXC)

Durante o estudo, publicado na revista Behavioral Ecology and Sociobiology em setembro, os pesquisadores marcaram, por duas semanas, todos os indivíduos de cinco diferentes colônias com pontos coloridos para conseguir monitorá-los por câmeras. Seis vezes por dia, os dispositivos filmavam os formigueiros por 5 minutos e registravam o que cada uma das formigas estava fazendo. Para o trabalho, foi levado em consideração que, normalmente, em determinados momentos, todo formigueiro possui formigas inativas.
Com as filmagens, foi observado que apenas 2,6% das formigas estava trabalhando o tempo todo, enquanto 71,9% passavam metade do dia sem fazer nada. As formigas que apareceram o tempo todo inativas eram 25,1%.
“Talvez o resultado mais surpreendente desse estudo seja o de que a inatividade é altamente recorrente e explica uma grande parte da variação entre trabalhadores, além de tarefas especializadas como forrageamento, construção e cuidado do ninho”, escreveram Daniel Charbonneau e Anna Dornhaus, da Universidade do Arizona, autores do trabalho.
Agora, os pesquisadores querem saber como interpretar os resultados obtidos no estudo.
“À primeira vista, a inatividade poderia ser considerada apenas falta de atividade e parecer trivial”, afirmaram. “Entretanto, mostramos que existe um subconjunto de trabalhadores efetivamente ‘especializados’ em inatividade.”
Uma hipótese ainda não explorada é a de que a idade das formigas tenha algum papel em determinar se elas estão ativas ou não. As muito jovens e muito velhas poderiam estar sendo poupadas. Para confirmar isso, seria preciso conduzir pesquisas ainda mais detalhadas e por mais tempo, afirmam.
Fonte: Top Biologia.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Será que pessoas sem acesso à eletricidade dormem por mais de 8 horas?


É comum pensarmos que, antes da eletricidade, as pessoas dormiam assim que escurecia. Seguindo a mesma lógica e aproveitando o fato de que ainda há pessoas que vivem sem luz elétrica, um grupo de pesquisadores resolveu descobrir como elas dormem – os resultados que você vai conferir a seguir foram divulgados pela National Geographic. Será mesmo que a rotina de sono desses indivíduos é tão diferente da de quem tem acesso a todo tipo de tecnologia?
Para descobrir quantas horas dormem algumas das pessoas que não têm acesso à energia elétrica, um grupo de pesquisadores acompanhou a rotina de três tribos isoladas. No final das contas, assim como muita gente de todo o mundo, eles dormem em média 6,4 horas por noite.
Diferente do que poderíamos imaginar, são pessoas que dormem bem depois do pôr do sol e acordam antes de amanhecer. “Ao vermos o mesmo comportamento em três grupos separados por milhares de milhas em dois continentes, ficou claro que esse é um padrão natural”, explicou o responsável pela pesquisa, Jerome Siegel, da Universidade da Califórnia, nos EUA.
A tribo Hadza
Siegel, que é especialista em questões relacionadas ao sono, diz que as pessoas deveriam parar de se preocupar por dormirem menos do que 8 horas por dia: “Se você dorme 7 horas por noite, é perto do que os nossos ancestrais dormiam”.
Não significa, logicamente, que dormir não é fundamental à saúde. Estudos mais antigos já relacionaram falta de horas de sono a doenças do coração e ao ganho de peso, por exemplo. Atualmente, o grande vilão quando o assunto é sono são os celulares, computadores e tablets, que teimamos em levar conosco para a cama. Só para você ter ideia, um estudo recente mostrou que ler um eBook antes de dormir nos faz demorar mais para pegar no sono e nos deixa mais sonolentos quando acordamos, em comparação ao livro impresso.
Com relação à pesquisa de Siegel, a intenção era questionar a ideia de que o que nos faz dormir menos são os estímulos visuais e luminosos provocados pela tecnologia. Em seu estudo, ele avaliou a qualidade de sono dos povos Tsimane, Hadza e San, que estão entre as poucas sociedades que ainda vivem sem energia elétrica, iluminação artificial e controladores de clima. Quando a noite chega, essas pessoas se recolhem em suas casas, que são iluminadas com pequenas fogueiras. 
Criança da tribo Tsimane
Siegel pediu para que membros de cada uma das tribos usassem uma espécie de relógio, que nada mais era do que um aparelho que gravava os níveis de iluminação e registrava os movimentos dessas pessoas durante a noite. Outro autor do estudo, Gandhi Yetish, disse que as pessoas da tribo acharam graça do dispositivo, mas usaram porque todos queriam participar da pesquisa.
A análise dos dispositivos permitiu perceber que as pessoas dormem quatro horas, em média, depois do pôr do sol, e acordam geralmente uma hora antes de o Sol nascer. No verão, no entanto, as pessoas do grupo San acordam uma hora depois do nascer do Sol.
Conforme explica Siegel, nosso horário de acordar parece ser determinado em parte pela temperatura ambiente e pela incidência de luz natural, dois fatores praticamente inexistentes nas sociedades modernas.
Garota da tribo San
Outra conclusão interessante do estudo é o fato de que esses povos, ainda que durmam menos do que as tradicionais 8 horas recomendadas de sono, dormem o suficiente, não tiram cochilos durante o dia e não sofrem com problemas como a insônia. Na verdade, Siegel contou que os nativos nem mesmo conseguiram entender a definição de insônia. Para eles, não conseguir dormir é uma ideia inconcebível.
Depois que escurece, as pessoas dessas três tribos se reúnem para comer, conversar, tecer e, inclusive, caçar. Os Hadza definem o período noturno como um momento ideal para meditar a respeito do que foi feito durante o dia, o que se viu, aprendeu e as expectativas para o dia seguinte. Os pesquisadores descreveram as experiências noturnas dessas pessoas como um momento de intimidade, conversa, alegria e dança. É quase uma festa.
O fato é que essas conclusões já estão sendo debatidas por cientistas de todo o mundo. Ao que tudo indica, elas podem nos ajudar a entender melhor a questão do sono das pessoas da Idade da Pedra. Os autores da pesquisa também acham que não precisamos nos preocupar tanto por dormirmos pouco: “devemos relaxar e não devemos segurar a suposição de que tudo fica pior em nossa sociedade moderna”, aconselha o cientista Christoph Nissen. E você, tem dormido bem?
Por Daiana Geremias - Mega Curioso